Ogum com sua longa capa encarnada foi se aproximando do Cruzeiro Divino...
Se aproximou e na cruz se ajoelhou!
Retirou seu capacete e se prostrou diante de dos Pretos Velhos...
O casal sorrindo colocou sua mão sobre os Ombros cansados do General...
E com um sorriso no rosto e olhares ternos disseram:
- Patacori Ogum, Salve o Guerreiro Divino...
Muito obrigado meu Soldado, Obrigado por ter enfrentado esse Mês...
- Meus queridos Vovô e Vovó, não me agradeçam...
Combati o bom combate por um mês inteiro, fiz o meu melhor...
Guerreei com um inimigo invisível, pereci...
- Ora Ogum, interrompeu a querida Preta-Velha...
A vitória tem várias formas, vários caminhos...
Se não fosse suncê fechar os caminhos poderia ser pior...
Suncê fez o seu papel e a humanidade vai sempre lembrar disso...
Completou o Preto Velho, pitando seu cachimbo...
- Ah meu fio guerreiro, agora pode deixar com a gente...
Sua batalha foi árdua você há de ter enfraquecido...
Ele, e eu, essa véia aqui do lado com todo nosso povo da Aruanda vai trabaiá!
Pode confiá meu filho, o amor vai vencer!
Suncê vai ver, em cada casa, em casa lar, em cada família...
Um Negô ou uma Negâ vai estar!
Nós somos fortes provamos na carne que não há mal irremediável...
Nois vamo ajuda!
Nóis não samo Omulu mas samo amigo dele uái!
Ogum deu um abraço e mesmo sendo de uma patente maior...
Beijou a mão daquele casal de velhinho, pediu sua benção e partiu...
Entregando o mês nas mãos dos queridos Pretos Velhos!
Então o casal de Negôs veios se olharam e a nega falou...
Ogum está de ronda nos quatro cantos da terra e nos confins dos mundos...
Ogum não para e nem descasa e disso eu sei nego veio...
Saravá Ogum, Patacori...
Saravá Fraterno, Axé Filhos de Umbanda!
Pai Jonathas de Ogum.'.
