sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Os Gêmeos da Aldeia de Kare são Filhos de Yemoja

 Os Gêmeos da Aldeia de Kare são Filhos de Yemoja

Yemoja Asesun foi a mais bela das passagens de Yemoja sobre a terra.
O mar é a casa de Yemoja.
Yemoja era namoradeira, se engraçava com os pescadores mas eles ao entrar no mar morriam afogados.
Yemoja vivia com sua mãe Olokun, mas não tinha marido e se sentia só.
O espírito do Rio Erinle era um Orisa, o espírito pescador chamado Inle, Odé da cidade de Ilobú.
Inle certa vez saiu do rio e foi pescar no mar.
Inle nas águas esbanjava beleza, seus longos braços remavam contra a maré, sua pele negra brilhava a luz do sol. Yemoja na beira da praia observava o Orisa das águas doces se aventurando em seu mar.
Como era belo o pescador Inle...
Inle então se aproximou de Yemoja, e viu como era linda a Ayaba.
Yemoja Asesun era negra como uma pérola, suas longas tranças quase tocavam o solo, e o corpo sinuoso como se ela poderia ter.
Foi amor imediato.
Inle se casou com Yemoja.
Yemoja e inle viveram no mar e ela engravidou de gêmeos, um casal.
Os principes da água!
Porem Yemoja e Inle vieram a se separar. Não queriam mais viver juntos.
Inle levou o menino para o Rio Erinle, a menina ficou no mar com a mãe.
Um dia O menino sentiu falta da irmã e ela tamben sentiu falta dele.
Ela fugiu da vista de Yemoja e o irmão fugiu da vista de inle.
Era um longo caminho entre o rio e o mar, e no meio do caminho eles se encontraram.
Ali no meio do caminho permaneceram.
Ali ni meio do caminho fundaram sua aldeia, Ilê Karê, a Aldeia dos Filhos de Yemoja e Inle, os Gêmeos Karê.
O menino cresceu e se tornou um homem foi chamado "O Caçador Odé Karê". A menina se revelou Avatar de Osun, e foi chamada "Pescadora Osun Karê".

Os filhos de Yemoja sempre tem boa sorte.
Os filhos de Inle sempre são graciosos.
Os que nascem para os Gêmeos Karê sempre são abençoados.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

VOZ AO VERBO 56 - eu te amo

 

VOZ AO VERBO 56 - eu te amo



Allan Dias Castro - Tudo o que eu precisava

 

Allan Dias Castro - Tudo o que eu precisava



Imperfeitos

 

Imperfeitos



A HISTORIA DO EXU 7 ESTRELAS

 

A HISTORIA DO EXU 7 ESTRELAS



A História da Origem da Feijoada de Ògún

 

A História da Origem da Feijoada de Ògún

Para falar da feijoada de Ògún temos que voltar às primeiras décadas do século passado, época do Babalòrìsà Procópio Xavier de Souza, o grande Pai Procópio do Ògúnjá (Ògún Jobi), que durante muito tempo lutou para defender seu Terreiro no Vale do Bonokô (que na verdade seria o Vale do Igunnuko) e para defender a nossa religião. O povo antigo – as “mocotonas” como chamamos aqui em Salvador, falavam que Pai Procópio foi um homem muito perseguido, principalmente pelo policial Pedrito, um homem intolerante que costumava invadir os Terreiros, furar os atabaques e quebrar peças sagradas (nem parece que estamos falando coisas do século passado, infelizmente ainda hoje vivenciamos esses problemas). Mas Pai Procópio era um homem muito enérgico, do tipo valentão que não levava desaforo para casa – um característico filho de Ògún.

Certa vez no Terreiro do Ògúnjá, em época da festa do dono da casa, um homem maltrapilho e com fome chegou pedindo feijão para comer. Os Ogan de Pai Procópio tentaram mandar o homem embora, mas não tiveram êxito e logo Pai Procópio chegou para ver o que estava acontecendo em sua casa. Ao ver o homem naquela condição e também alterado, Pai Procópio não teria pensado duas vezes, pegando o sujeito e botando o mesmo para fora de sua casa, negando comida no dia da festa do seu Òrìsà – Ògún.
Na noite do Candomblé Ògún teria chegado muito nervoso e nada lhe acalmava, deixando todos apreensivos. Ògún então disse que Pai Procópio havia cometido um grande erro e que ele estava descontente com aquilo. Disse que Procópio errou duas vezes, a primeira em negar comida para uma pessoa dentro do Asè e a segunda em botar uma pessoa para fora, sem sequer saber quem era.


A história conta que Ògún chegou a dizer que aquele homem poderia ser ele próprio (Ògún), que poderia ter resolvido testar Seu Procópio, mas que nunca ninguém saberia. Todos os filhos pediam calma e perdão, mas Ògún sentenciou Pai Procópio, dizendo que ele jamais poderia negar comida a ninguém e que, a partir de então, todos os anos em sua festa, ele deveria fazer uma grande feijoada e distribuir para as pessoas, principalmente para as necessitadas – para que ele jamais se esquecesse do que havia ocorrido.
Contam que nos dias das festas de Ògún, depois do acontecido, Pai Procópio mandava que buscassem pessoas com dificuldades para comer a feijoada de Ògún. Não posso me aprofundar muito aqui, pois muitas pessoas não iniciadas também acessam essa página, mas essa feijoada não era uma feijoada comum e sim uma feijoada que continha alguns ingredientes e carnes de animais ofertados ao Ògún de Pai Procópio, sendo que o primeiro “prato” contendo determinada carne ia aos pés de Ògún.
Com o passar dos anos e com a notoriedade de Pai Procópio, muitas pessoa e também passaram a fazer a feijoada nas festas desse importante Òrìsà, sendo hoje algo que é realizado em muitos Terreiros de Candomblé – A Feijoada de Ògún de Pai Procópio!
Finalizo esse texto pedindo a benção desse importante Òrìsà, pedindo a benção de Ògún Jobi de Pai Procópio que trouxe esse ensinamento, a benção de Ògún Dekisi de minha avó – Mãe Simplícia, que deu origem ao ritual dos Pães de Ògún

Que Ògún mesmo mostre-nos sempre o melhor caminho a seguir.


Fontes de informações : google

Babalòrìsà do Terreiro de Òsùmàrè

Salvador - Bahia

O seu corpo não é simplesmente físico

 

O seu corpo não é simplesmente físico



O seu corpo não é simplesmente físico. Muitas coisas penetraram nos seus músculos, na estrutura do seu corpo, por meio da repressão. Se reprimir a raiva, o veneno vai para o seu corpo. Vai para os músculos, vai para o sangue. Quando você reprime alguma coisa, isso deixa de ser apenas um fenômeno mental e passa a ser físico também — porque, na verdade, você não está dividido. Você não é corpo “e” mente; você é corpomente, psicossomático. Você é as duas coisas ao mesmo tempo. Portanto, qualquer coisa impingida ao corpo afeta a mente e qualquer coisa impingida à mente afeta o corpo. Corpo e mente são dois aspectos da mesma entidade.
Por exemplo, quando fica com raiva, o que acontece com o corpo? Sempre que você fica com raiva, alguns venenos são liberados no seu sangue. Sem esses venenos você não enlouqueceria a ponto de ficar encolerizado. Você tem certas glândulas no corpo e essas glândulas liberam determinadas substâncias químicas. Ora, isso é científico, não é só filosofia. O seu sangue fica envenenado. É por isso que, se tomado de raiva, você pode fazer coisas que normalmente não faria. Quando está com raiva, você consegue empurrar uma grande rocha — o que não conseguiria normalmente. Você mal consegue acreditar depois, ao ver que conseguiu empurrar a rocha, atirá-la longe ou erguê-la. Quando volta ao normal, você não consegue mais erguê-la, porque já não é mais o mesmo. Certas substâncias químicas estavam circulando na corrente sanguínea, você vivia um estado de emergência; toda a sua energia foi canalizada para a ação.

Mas, quando um animal fica enraivecido, ele simplesmente fica enraivecido. Ele não tem nenhuma moralidade quanto a isso, nada lhe foi ensinado a respeito; ele simplesmente fica enraivecido e a raiva é expressada. Quando você fica com raiva, a sua raiva é parecida como a de qualquer 
animal, mas então existe a sociedade, a moralidade, a etiqueta e milhares de outras coisas. Você abafa a raiva. Você força um sorriso e abafa a raiva. O que acontece com o seu corpo? O corpo está pronto para brigar — ou brigar ou tugir do perigo, ou enfrentá-lo ou fugir dele. O corpo está pronto para fazer alguma coisa — a raiva é só a prontidão para fazer alguma coisa. O corpo ia ser violento, agressivo.
Se você pudesse ser violento e agressivo, então a energia seria extravasada. Mas você não pode — não é conveniente, por isso você a abafa. Então o que acontecerá com todos esses músculos que estavam prontos para ser agressivos? Eles ficarão atrofiados. A energia os está pressionando para serem agressivos e você está fazendo uma pressão contrária para que não sejam. Haverá um conflito. Nos seus músculos, no seu sangue, nos tecidos do seu corpo haverá um conflito. Eles estão prontos para expressar algo e você os pressiona para que não se expressem. Você está reprimindo os seus músculos. Então o corpo fica atrofiado. Isso acontece com todas as emoções, dia após dia, durante anos. Então o corpo fica todo atrofiado. Todos os nervos ficam atrofiados; deixam de fluir, não são mais caldais, não estão mais vivos. Eles ficam mortos, foram envenenados e ficaram todos emaranhados. Não são mais naturais."
('Osho)
Fonte Osho Na Minha Vida.

Vódun Agué - O senhor das folhas

 

Vódun Agué - O senhor das folhas







Agué (grafa-se Agὲ em fongbé) é um vódun de grande importância dentro da cultura Jeje. Porém, é precipitado assimilar o Vodun Agué ao Orixá yorubá Osaniyn aplicando a ele todas as atribuições que o orixá ganha. De certa forma, Agué e Osaniyn tem muitas características em comum, mas tem muitas diferenças também. Agué é o vodun da família de Sakpata, que representaas folhas, as plantas, o poder da mágica dos vegetais, a medicina e a terra. Mas além disso, Agué está ligado à caça e a fartura, é ele quem traz os alimentos e mata a fome de seu povo, assemelhando-se em muito também com Oxóssi. Além destas atribuições, Agué também é visto como um grande guerreiro e defensor; é ele o responsável pela defesa de seu povo, e na icografia, muitas vezes é representado portando uma espécie de espingarda, ligando-se em muito ao Vodun Gún (Ogun), e há quem diga que é ele “o verdadeiro Ogun do Jeje”.

Agué é tido por alguns como filho de Mawu-Lissá, por outros como sendo filho da grande mãe Nanã Buluku, aprendendo com ela os segredos de íkú (morte), por isso Agué é um vodun que também se relaciona aos akútútòs (eguns) e tem fundamentos com vodun Ayizan, que em Jeje Mahi é um vodun feminino, ligada aos ancestrais e a morte.
Na sequência do “dorozan” ou “odorozan” (o mesmo que xirê para os nagôs), o Vodun Agué é saudado logo após Ogun. Não se pode iniciar ninguém sem os fundamentos de Agué. Ele carrega também um arco e uma flecha com os quais realiza sua caçada. Sua saudação é Agué bèno bèno átábìriko. Suas cores variam entre verde mesclado ao branco ou verde e amarelo, podendo usar o vermelho. Consagra-se a Agué a terça ou a quinta-feira. Suas vodunsis são chamadas de Aguésì.
Com este texto quero também ressaltar sobre a importancia de se evitar a comparação entre os orixás e voduns, pois muitas vezes, as atribuições de um ou de outro podem se perder devido a isso. Temos como outro exemplo bem típico a associação entre Oyá e Djó, onde muitos definem Djó como sendo senhora dos ventos, quendo na verdade, Djó é um vodun da família de Hevioso (mais precisamente de Avejidá), ligada a atmosfera e responsável pelas chuvas que resfriam a terra, dividindo com os voduns Kavionos o poder sobre o fogo e considerada um vodun andrógino. Começando assim pode-se resgatar muito do que se foi perdido com o passar do tempo.

Na mitologia Ewe e Fon. Ele tem uma só perna, às vezes representado também com um só braço e um só olho, e ensinou aos homens os segredos das plantas e todas as artes. Agué é também o chefe de todos os aziza, ou espíritos da florestas similares aos elfos ou gnomos das mitologias européias.

Enquanto Gú, cujo emblema é o facão do desbravador, representa o engenho a força bruta e a ocupação de espaços pelas sociedades humanas através da destruição e domesticação da natureza, Agué, cujo emblema é o arco e flecha, encarna a inteligência e a sensibilidade do indivíduo para se adaptar à natureza. Agué possui características que o aproxima dos orixás Oxóssi mas, sobretudo, de Ossaíyn.




Fonte :Facebook Ketú 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

O álcool é altamente destrutivo do duplo etéreo. Por que é consumido em larga escala em muitos terreiros?

 O álcool é altamente destrutivo do duplo etéreo. Por que é consumido em larga escala em muitos terreiros?

Mesmo nos idos do século passado, raros foram os médiuns de efeitos físicos que manejavam a bebida alcoólica volatizando-a completamente pelo duplo etéreo. Eram verdadeiras usinas de reciclagem de “lixo” astral, faziam assepsia nas auras sujas e pegajosas de encarnados e desencarnados. Vivia-se a era da mediunidade fenomenal para se atrair os incrédulos para a realidade metafísica. Na atualidade, muitas agremiações estão dominadas por Espíritos beberrões, que necessitam altas ingestões para operarem na magia, paulatinamente viciando os médiuns, pois ficam resíduos etéricos do álcool em suas auras, quando não os deixam trôpegos, trocando pernas e falando com a língua engrolada.
Para se operar adequadamente na magia cerimonial umbandista, basta um pequeno recipiente com a bebida, o chamado curiador, sem a exigência de ingestão. O potencial energético não está na quantidade do elemento, e sim na capacidade do guia espiritual em potencializá-lo no éter, assim como a potência do oceano está num litro de água do mar.

- do livro ESTRELA GUIA - O POVO DO ORIENTE NA UMBANDA. Pai Tomé / Norberto Peixoto.

SAIBA MAIS:
https://www.livrariadotriangulo.com.br/

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Abiku

 

Abiku

A sociedade abiku é aquela que os espíritos vivem no rastro da morte.
Muito pouco se sabe sobre os abikus, inclusive, dizem que este termo não existe.
Pois bem, os abikus, ou, sociedade dos espíritos que nascem para morrer encarnam minuto a minuto na terra, mas a morte sempre segue o seu rastro, provocando algum desastre para que esse espírito volte ao Orun.

Como disse acima, pouco se sabe nos ilês sobre, e, muito se busca na África para cuidar destes.
Para alguns pais de santo, abiku mesmo é somente aquele que nasce e a mãe morre no parto, entretanto, se formos a fundo no culto africano, vamos ver que abiku tem qualidade, assim como os orixás.
Se você nasceu:
* Prematuro
* Com o cordão umbilical enrolado no pescoço
* Pelo pé
* Sem respirar
* Sua mãe teve mais de 2 abortos espontâneos
* Era gêmeo, entretanto, o irmão morreu no parto
* Nasceu e a mãe morreu no parto
* Defecou na barriga da mãe

Sim, você se enquadra na sociedade.
Justamente pela falta de conhecimento de muitos, as pessoas costumam se tratar com o povo de ifá diretamente na Nigéria, pelo culto a Egbé Orun.

O que os Abikus tem?
O rastro que a morte caminha.
Mas calma, você pode não morrer amanhã, más, algumas situações podem começar a fazer sentido, como, doenças respiratórias, doenças mentais(depressão, síndrome do pânico, etc's), caminhos fechados (saúde, finanças, amor).

Além de tudo isso, sim, os abikus passam por várias situações de risco, em que podem morrer, ou, perder algum órgão, ou até se traumatizar mentalmente.
Acredita se que caso situações assim aconteçam e ele não morra, o espírito dele irá se traumatizar a ponto de jamais querer encarnar novamente.
Os yorubás pregam que os Abikus são divinos, entretanto, se os procedimentos não são feitos, podem viver uma vida amaldiçoada.
Outros cultos como a alta magia tem estudado essa sociedade, entretanto, não conseguem explicar como os espíritos dela conseguem burlar tantas regras da espiritualidade.

Muitos filhos de santo que se enquadram nessa situação tem uma vida maldita, passando por várias dificuldades, mesmo com tudo do santo certinho e trabalhando muito para conseguir se movimentar pela vida, entretanto não conseguem nada, justamente porque não cultuam sua ancestralidade como um todo.
Isso não é uma crítica a ninguém, muita gente vai chamar de loucura, mas é bom elucidar essas coisas, pois muitas pessoas que tem esses carregos, passam dia após dia tentando crescer na vida, mas parece que alguma coisa sempre barra esse crescimento.
A recomendação é que procurem um lugar de confiança, raíz e procurem um Babalawo
Esse POST está sendo feito em vários grupos, como um alerta e chamado a investigar mais a sua ancestralidade como um todo.
Axé a todos!

Iluminando as Sombras da Culpa

 

Iluminando as Sombras da Culpa

Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.”
As sociedades ocidentais carregam uma profunda relação com o sentimento de culpa. Encontramos sua raiz no Catolicismo Romano, na qual a morte de Cristo é de responsabilidade de todos, afinal, ele veio e nós e o matamos. A influência maciça da Igreja Católica, principalmente na Idade Média, contribuiu e ainda contribui para a formação subjetiva de milhares de pessoas.

“Por minha culpa, minha tão grande culpa "– (Ato Penitencial)


O espírito é imortal e a reencarnação permite que ele utilize o invólucro carnal quantas vezes forem necessárias para a sua evolução. Posto isso, é de se pensar que um sentimento tão forte como o da culpa acompanhe o espírito por várias encarnações, tanto pelo delito cometido quanto pela construção subjetiva que o espírito faz dele. Essa concepção do ato, a carga emocional que o espírito atribui, é mais importante do que o ato em si, pois ela determina o quanto o espírito vai se envolver para elaborar a situação. A ideia da morte de Cristo é consideravelmente simbólica nesse sentido, pois mesmo não tendo ligação direta com o ato, milhares de pessoas se percebem estruturalmente como pecadoras pela crucificação. Ao compreendermos a imortalidade do espírito, a questão da culpa adquire proporções ainda maiores, e que nos ajudam a entender porque ela é um dos maiores objetos de estudo da Psicologia Moderna. Freud vai encontrar na culpa uma das bases estruturantes do psiquismo e da formação do Inconsciente. O complexo de Édipo, determinante para a construção da personalidade do sujeito, tem como ponto central o recalque, que é quando o sujeito reprime e “joga” para o Inconsciente as ideias incompatíveis com o eu. Porém, essas ideias continuam presentes no Inconsciente do sujeito, e com elas, a culpa por tê-las. E a forma como o sujeito vai lidar com isso poderá gerar sintomas e (muito) adoecimento.Freud não conhecia o Espiritismo, mas suas teorias a respeito do Inconsciente contribuem bastante para entendermos os processos do Espírito. De certa forma, o que Freud chamou de Inconsciente -aquilo que existe no sujeito, faz parte dele, influencia diretamente sua vida, mas que ele não tem acesso direto- o Espiritismo pode chamar de memória da alma. Quando reencarnamos, recebemos o véu do esquecimento que não nos permite ter acesso ao que fomos em vidas anteriores, porém, nossa personalidade e nossa vida sofrem influência direta de nossos atos de outras épocas. E ela, a culpa, bem como a forma que lidamos com ela, está diretamente presente nisso. O que seria, afinal, a culpa? Em resumo, o sentimento de culpa (e aqui é importante frisar que se trata do sentimento, e não do ato de culpa, que cabe a Justiça e vem como penalização) é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido. É na consciência que surge a culpa, mas essa não é necessariamente a função da consciência. Ao percebermos que cometemos um erro, devíamos passar diretamente para o estágio do arrependimento – a necessidade íntima de corrigir o que foi feito, ou, se isso não for mais possível, pelo menos compensar de alguma forma. Mas às vezes a consciência estaciona no sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o colapso da consciência. Muitas pessoas acreditam que culpa e arrependimento são a mesma coisa, mas não são. O arrependimento pressupõe ação, pois é o ímpeto de cometer ação contrária à que ocasionou sua tristeza. O arrependimento é a dor sentida pela dor causada. Por isso o arrependido desenvolve o firme propósito de não repetir o erro, de reparar o dano causado ou de compensar o erro com acertos. O espírito arrependido está em processo de autocura.É o arrependimento que nos leva a nos comprometermos com o reajuste em relação a outros espíritos. É o arrependimento que norteia os rumos parcialmente traçados antes de nosso reencarne. Mas para o espírito evoluir, só o arrependimento é suficiente? No livro "O Céu e o Inferno", Kardec nos diz que Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza as dores da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. A expiação envolve o sofrimento pelo qual se expia uma falta cometida. Na expiação, o espírito vivencia aquele mal causado a outrem, de forma que através dessa experiência ele resgate a falta cometida e vivencie a dor que um dia infligira a alguém.Pode-se considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus, explica "O Evangelho segundo o Espiritismo".Joanna de Ângelis conceitua que, na prova, matriculamo-nos na escola para aprender, e que na expiação nos internamos no hospital para sofrer. E é exatamente isso que acontece. O planeta tanto é um educandário, como também um hospital, ambos sempre abertos para nos acolher. Emanuel afirma que “a provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime”. A reparação consiste em fazer o bem a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros nesta vida por fraqueza ou má vontade, achar-se-á  numa existência posterior em contato com as mesmas pessoas a quem prejudicou, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes o seu devotamento, e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito, eluciada Allan Kardec em "O céu e o inferno".Existe um ponto fundamental nesse processo evolutivo: o auto perdão. Conseguiremos o perdão do outro se nós mesmos não nos perdoamos pelo que fizemos? Perdoar-nos é não nos apegarmos ao que fomos, pois a renovação está no instante presente e o que importa é como somos agora e quais são as determinações atuais para o nosso progresso espiritual.
Por isso Deus nos concede um novo dia, uma nova vida, um novo corpo: para recomeçarmos!
Tags: Joana de Ângelis

Reflexão

 

Reflexão

Ninguém vai à igreja pedir ao padre um marido que já é marido de outra.
Ninguém vai a missa pedir a destruição da vida de uma pessoa.
Ninguém pede que o padre interceda junto a Deus para que Este lhe arrume clientes que se submetam a ser enganados e extorquidos...
As pessoas vão a suas igrejas para agradecer pela vida...pela saúde...pela paz....
Não vão em busca de fortunas...vão para rezar...não vão para exigir....vão para pedir...
Muitos vão também para fazer a linha social é claro...
Está certo que Orisà não é religião...mas...porque que a maioria que busca Orisà não compreende que a dignidade, a ombridade, a sinceridade, a verdade tem que ser ainda maior?
Porque pensam que Orisà está para servi-los?
Será porque são negros? Sera resquicio da mentalidade escravocrata? Será que os que assim agem, pensam que Orisà é obrigado a alguma coisa?
Pois é...não é não...não é obrigado a nada!
Orisà não é agência de matrimonio.
Orisà não é agência de emprego.
Orisà não é integrante dos Vingadores.
Orisà não destrói lares (pelo contrario)
Orisà não é promiscuo
Orisà é vida...é saúde...é paz....é verdade....é dignidade....é sagrado...é divino...
Portanto, se acendeu uma vela para Deus na igreja e não obteve o que quis, não vai achando que vai ascender uma vela para o Diabo e que tudo se resolverá.
O mesmo Deus de lá é o de cá...com a diferença que, enganado pelo preconceito, muitas pessoas acabam por mostrar suas verdadeiras faces, tendo em vista que para o "Diabo", que tem tantos pecados, não há necessidade de manter as máscaras.
Texto facebook de Jose Roberto Regina Gonçalves

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Pensamentos desistência

 

Pensamentos desistência

Hoje eu pensei em desistir, largar tudo, seguir outro rumo, de joelhos chorando pedi a Oxalá um caminho novo. Foi quando eu senti meu coração acelerar, senti uma força muito grande, meu corpo arrepiou, suava frio, quando abri os olhos todos os meus guias estavam em minha frente.

O primeiro a me abraçar foi meu preto velho, e ele me disse: "Filho serei sempre o abraço que você precisa na dificuldade, comigo você pode sempre contar."

Logo em seguida veio a preta velha, sorriu, pegou um terço que estava em seu pescoço coloco em minha mão e disse: "Filho quando estiver com o coração amargurado e com medo, ore com fé que eu venho lhe ajudar."

Logo em seguida meu caboclo deu um brado tão forte que me arrepiei dos pés a cabeça, e me disse: "No meu brado todos os seus medos e inseguranças vão perder a força."
Logo em seguida veio minha cabocla e me olho firme, tirou uma pena do seu coçar e disse: "Seja leve feito uma pena, mas saiba aonde pousar."

Logo em seguida veio meu erê, me rodeou jogou uma luz colorida e disse: "Vim colorir seu coração, ele anda muito triste."
Logo em seguida meu boiadeiro pegou seu laço e começou a rodar, tocou seu berrante e disse: "Enquanto eu for boiadeiro filho nenhum dos meus se perde na estrada."

Calmamente meu cigano me olhou, piscou e disse: "Seja livre feito o vento, saiba caminhar alegremente é quando estiver perdido é só olhar para as estrelas, olhe, que lá vou estar para lhe guiar."
Quando eu ia me levantar olhei para o lado e minha pombogira me deu a mão e disse: "Todas às vezes que você cair eu vou lhe ajudar a levantar, no chão você nunca vai ficar."

Lá na porteira dando segurança, meu Exú deu uma gargalhada e disse: "Gostou moço, da surpresa? Desistir pra que rapaz? Olha quantas pessoas acreditam em você. Enquanto nós espíritos formos firmes em sua vida, seu caminho será sempre a Umbanda" e com um lindo sorriso ele bateu seu tridente no chão e todos os espíritos se foram.
Foi quando eu olhei pro congá e vi das mãos de Oxalá uma intensa luz a minha frente, senti uma enorme paz, vi meu pai Oxóssi me abraçar e me cobrir com as folhas de sua mata.

Vi minha mãe Yansã levantando vento e tirando tudo de negativo que eu mesmo coloquei em meu caminho. Logo em seguida, todos os Orixás me abraçaram e foi aí que percebi que a Umbanda será sempre a luz que guia meu caminho. Que qualquer estrada que eu caminhar, a força que eu carrego ao meu lado sempre vai estar."
Axé

 Jefferson Santana facebook.

itã

 

itã

A PEDRA DO RAIO⚡️ Existem muitas versões desse itã, que conta como Oyá e Xangô dividem o poder do raio. 
Diz a lenda que Xangô teria sabido que Ossanha tinha uma pedra mágica chamada Okutá. Aquele que tivesse os fundamentos dessa relíquia conseguiria lançar fogo pela boca e pelos olhos. 
Mas Xangô estava muito fraco pra uma viagem tão longa e envia sua esposa preferida para lhe trazer a encomenda. E aí que as lendas se diversificam.

A que ouvi primeiro dizia que Oyá não tinha intenção de abrir o pacote e ter poder sobre a pedra, mas ficou sabendo no caminho de volta que o amado esposo estava à beira da morte sem esse poder. Ela então usa parte dos poderes para se transformar em um tornado de tempestade e chegar até Xangô o mais rápido possível. 
Embora o ato de amor tenha sido lindo, ele se incomoda que ela também tenha o mesmo poder. Os dois entram em guerra e só Orunmilá consegue apartar o conflito fazendo com que só com Oyá, Xangô pudesse usar o fogo e vice versa. Tornou os dois iguais e dependentes um do outro.

Pararam de brigar e entenderam que o amor deles não fazia um a metade do outro, mas seres que juntos são mais poderosos. Desse dia em diante Oyá vem na frente riscando o céu com seus relâmpagos para que Xangô acenda o fogo do trovão e faça a terra tremer!
 Kaô kabecilé!
 Eparrey!! Conhece outra versão dessa lenda? Deixa nos coments!
@PUROAXE

Ser de Iansã

 

Ser de Iansã

Ser de Iansã
É ter um exército de loucos
a avançar sobre sua cabeça
e não se desesperar;
à sua frente corre Bagan. 
Mojuba, senhora dos passos firmes
que marcha e golpeia as maldades do mundo
com garra e destemor.
Nada reclamarei ao lado teu

Ser de Iansã
É ver o mundo congelar
com a frieza dos corações
e não sentir o arrepio
Que Kará já te abraçou.
Mojuba, senhora do tacho mais quente
que alimenta os filhos mesmo faminta após a batalha
De nada sentirei falta ao lado teu
Ser de Iansã
É ter o chão se abrindo sob os pés
e não se apavorar,
que quem te põe no ar é Gambelê.
Mojuba, grande mãe, senhora conhecedora dos dois mundos,
que não teme a face da morte e faz sorrir a face da vida.
Nada temerei ao lado teu
Ser de Iansã
É ver se aproximando
destruidora e impetuosa queda d'água
sem te afogar.
É Onira quem caminha sobre o rio caudaloso.
Mojuba, minha senhora, revoada de borboletas
raio de ouro na manhã de sol após a tempestade.
Que jamais perderei a fé ao lado teu
E não há provas no mundo
que superem as agruras dos seres de Iansã,
porque se o ditado diz
que Deus dá o frio conforme o cobertor,
nascemos de Iansã e de Iansã morreremos
porque não há ninguém nesse mundo
que como Ela, que nos escolheu
saiba transformar guerra e dor
em triunfo e amor.
Ser de Iansã
é conhecer o frio
e dispensar o cobertor.
Pois o abraço de Mãe é mais quente.

@barravento.oficial

Manias

 

Manias

Para com essa mania de dizer que vai morrer sozinha, para de ficar dizendo que você tem o dedo podre para escolher alguém. Para de falar que ninguém nota seu sorriso, que seu cabelo é feio, que sua barriga tá grande, seu corpo não é o ideal para fazer alguém olhar para você. 

Enquanto você tá aí se enchendo de defeitos, em algum lugar tem alguém que daria a porra toda para conhecer alguém exatamente como você, exatamente com esse sorriso, com esse cabelinho meio atrapalhado, com esse jeitinho tão carismático e aconchegante que, mais parece um abraço. Por favor, para com esse egoísmo de ficar dizendo que nunca ninguém vai te querer e começa a olhar ao teu redor, tenho certeza que você tá cheia de admiradores e nem sabe.

Não sabe porque ao invés de tá feliz exatamente por ser do jeitinho que você é, tá se lamentando pela beleza que só você não consegue enxergar. Moça, você é linda exatamente desse jeitinho, entende isso de uma vez por todas. Olha esse teu sorriso, cheio de luz, parece até um convite para a felicidade. Olha esse teu olhar, meigo e tão doce, esse teu jeitinho carinhoso e manso que, mais parece paz.

E quer saber? Se você ainda não encontrou alguém, não se preocupa, essa pessoa logo logo vai aparecer e, quando você encontrá-la, pode apostar que ela vai te dizer: “eu sempre sonhei em encontrar alguém como você” e inexplicavelmente, essa frase vai te dar a certeza de que realmente você é amada e que encontrou exatamente a pessoa que você deveria encontrar.
 
Não precisa ter pressa, não precisa tá procurando e muito menos com medo de ficar sozinha. Essa pessoa vai chegar quando você menos esperar e vai te fazer feliz de uma forma que você nunca pensou em ser. Acalma esse coração e comece a acreditar mais em você. 

Por: @luucaspraxedes
@namedidadoamor

ERUEXIM DE IANSÃ

 

ERUEXIM DE IANSÃ

Oyá aprendeu com Omolu os segredos da morte e, muito curiosa, foi até o Reino dos Eguns para saber mais. Porém, chegando lá, os eguns começaram a atacá-la! Oyá não sabia como lutar com as almas! Oxóssi, que viu aquilo, lembrou-se de certa vez, quando estava caçando na mata e viu um egun correndo de um cavalo, mas percebeu que ele não estava
com medo do cavalo e sim, de seu rabo! Para ajudar Oyá, correu até a mata, caçou um cavalo, cortou seu rabo, amarrou em várias cordas, colocou dentro do bambu de Oyá e formou a ferramenta eruexim.
Entregou a Oyá, que bateu com ele pra cá e pra lá, formando uma imensa tempestade, afugentando todos os eguns! Oyá, passou a ser a Rainha dos Eguns! Oyá agradeceu Oxóssi pelo presente e hoje os eguns fogem quando veem Oyá, com seu Eruexim, arrebatando os maus espíritos e
chamando os ventos!
O amor que eu sinto por essa lenda não cabe em mim
Eparrei Oyá 
Créditos da foto @puroaxe @assis_vivy @jessamericano @fabianabaldioti
Texto @filhosdepemba

QUANDO ALGO QUEBRAR NÃO RECLAME!

 

QUANDO ALGO QUEBRAR NÃO RECLAME!


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Muitas vezes quebram coisas em nossa casa ou simplesmente quando nos damos conta derrubamos certas coisas e pronto caiu no chão e ficou em caquinhos.

Tem pessoas que entram em pânico quando quebra alguma coisa, mas as pessoas não deveriam reclamar quando quebra algo dentro de casa. 
Certo dia um Espírito chamado Luís Henrique disse:

Muitas vezes a energia está tão pesada em certas casas que as coisas começam a quebrarem sozinhas, quebra pratos, pires, tigelas de vidros de dentro dos armários, que ficam em pedacinhos, e as pessoas ficam apavoradas já imaginam que é coisa de Espirito, de casa mal assombrada, mas muitas vezes é a energia negativa que está tão acumulada naquele local, ou naquela casa, que o mundo espiritual da uma ajudinha extra e faz com que estas energias ao invés de atingir o campo energético das pessoas que moram naquele local, fazem com que esta energia negativa fique distribuída em alguns objetos que ao quebrarem, fazem a energia negativa se desintegrar daquele ambiente.

Muitas mães brigam com os filhos quando as crianças quebram algum copo ou prato, muitas até acabam batendo nas crianças porque quebraram algo de valor, ou era algum presente que ganharam de alguém importante ou mesmo louças de família que passaram de geração em geração, muitas vezes impregnadas de energias ruins, que as crianças só recebem uma ajudinha extra do mundo espiritual para se livrarem daquele objeto .


Devemos ficar atentos quando começa a quebrar coisas em nossas casas, não se trata de assombração ou coisa parecida, é somente nossos amigos espirituais querendo nos ajudar a se livrar de certas energias ruins!!
Façamos preces e façamos também uma limpeza das energias ruins que estão no local para que nada de mal nos atinja e pronto.
Não tenha medo e nem raiva quando alguma coisa quebrar. Assim ficaremos protegidos!!