Boromu é um orixá do deserto, desconhecido no Brasil, mas considerado em Cuba como esposo de Euá. Muito sábio, é o segredo de Euá e também seu mensageiro. Veste-se de roupas esvoaçantes, da cor da areia. Representa o esqueleto, o que é deixado de um ser humano após a morte.
Seu receptáculo é uma sopeira ou tigela de porcelana vermelha que contém 8 otás e uma mão-cheia de búzios. Seus elekes (colares) são todos vermelhos, mas fecham com uma conta preta e uma branca. Recebe sacrifícios de galos bancos, pombas e porquinhos-da-índia.
Mitos de Boromu
Obatalá teve uma filha muito bonita, virtuosa e inteligente, Euá, que apesar de todos os seus dotes, nunca tinha demonstrado interesse por nenhum homem. Assim foi até que um forasteiro chamado Boromu chegou à cidade e ela mudou de comportamento. Tornou-se arredia, tristonha, desinteressada de tudo. Seu pai, embora sábio, não acreditava - como diziam - que ela estivesse apaixonada. E, mesmo que estivesse, nada a impediria de ser feliz ao lado do forasteiro, que, aos olhos de Obatalá, era merecedor de seu carinho. Contudo, Euá estava grávida e guardava o segredo a sete chaves e Boromu deixara a cidade. Uma noite, sentido as dores do parto, Euá fugiu da casa do pai e embrenhou-se na mata, onde deu à luz um menino. Obatalá, ante o desaparecimento da filha, mobilizou todas as forças possíveis para encontrá-la. O mesmo fez Boromu que, sem saber da gravidez de Euá, deixara a cidade por causa de uma missão que ela lhe confiara. Depois de alguns dias, Boromu encontrou Euá desfalecida na floresta, com o filho dormindo a seu lado. Como temiam a reação de Obatalá, resolveram voltar a seu palácio sem lhe revelar a existência da criança, que esconderam na mata. No dia seguinte, ânimos serenados, Boromu voltou para cuidar do filho e não o encontrou. Ele havia sido levado por Iemanjá, que ouvira o choro da criança e a tomara a seus cuidados. Euá e Boromu nunca mais viram o filho. Diante disso e envergonhados perante Obatalá, os dois foram viver no cemitério. Hoje, Boromu representa os ossos, o que restou de um ser humano. Euá, triste e amargurada, cumpre o papel de entregar a Oiá os cadáveres que Obaluaiê conduz a Orixá Okô, para serem devorados e se transformarem de novo na lama inicial.
Obatalá teve uma filha muito bonita, virtuosa e inteligente, Euá, que apesar de todos os seus dotes, nunca tinha demonstrado interesse por nenhum homem. Assim foi até que um forasteiro chamado Boromu chegou à cidade e ela mudou de comportamento. Tornou-se arredia, tristonha, desinteressada de tudo. Seu pai, embora sábio, não acreditava - como diziam - que ela estivesse apaixonada. E, mesmo que estivesse, nada a impediria de ser feliz ao lado do forasteiro, que, aos olhos de Obatalá, era merecedor de seu carinho. Contudo, Euá estava grávida e guardava o segredo a sete chaves e Boromu deixara a cidade. Uma noite, sentido as dores do parto, Euá fugiu da casa do pai e embrenhou-se na mata, onde deu à luz um menino. Obatalá, ante o desaparecimento da filha, mobilizou todas as forças possíveis para encontrá-la. O mesmo fez Boromu que, sem saber da gravidez de Euá, deixara a cidade por causa de uma missão que ela lhe confiara. Depois de alguns dias, Boromu encontrou Euá desfalecida na floresta, com o filho dormindo a seu lado. Como temiam a reação de Obatalá, resolveram voltar a seu palácio sem lhe revelar a existência da criança, que esconderam na mata. No dia seguinte, ânimos serenados, Boromu voltou para cuidar do filho e não o encontrou. Ele havia sido levado por Iemanjá, que ouvira o choro da criança e a tomara a seus cuidados. Euá e Boromu nunca mais viram o filho. Diante disso e envergonhados perante Obatalá, os dois foram viver no cemitério. Hoje, Boromu representa os ossos, o que restou de um ser humano. Euá, triste e amargurada, cumpre o papel de entregar a Oiá os cadáveres que Obaluaiê conduz a Orixá Okô, para serem devorados e se transformarem de novo na lama inicial.