Exú provocou a guerra entre famílias. Um rei e sua família deixaram de prestar as homenagens devidas a Exú e este não se deu por vencido. Haveriam de pagar bem caro pela ofensa. Exú procurou a rainha que vivia enciumada porque o rei só se interessava pela esposa mais nova. Disse-lhe que faria então um feitiço para que ela voltasse a ser a preferida do marido. Deu a ela uma faca e disse que cortasse um fio de barba do rei para fazer o tal trabalho. Então Exú, foi a casa do príncipe herdeiro e disse que o pai queria vê-lo naquela noite. Que fosse ao palácio e levasse seus guerreiros.
Exú foi ao rei e disse-lhe que tomasse cuidado, porque a rainha planejava mata-lo naquela noite. O rei então se recolheu naquela noite, mas ficou acordado esperando e viu então a rainha entrar no quarto e dele se aproximar com a faca na mão, imaginou que ela pretendia mata-lo e engalfinhou-se com a faca na mão numa luta feroz. O príncipe que chegava ao palácio com seus homens ouviu o barulho, os gritos e correu a câmara real com os soldados e viu o rei com a faca na mão. Faca que tirara da rainha na luta e pensou que o rei ia matar a rainha, a sua mãe. Invadiu o quarto com os soldados. Seguiu-se grande mortalidade. O preço fora pago e alto. Exú cantava, Exú dançava. Exú estava vingado.
Ensinamento: Esse itan revela que nem tudo é o que parece ser. Revela muitas vezes, que um cliente vai a mesa de jogo buscar muitas vezes, uma vingança, vai buscar uma cobrança por ciúme, a cobrança por negligência pessoal e muitas vezes não se dá a ele aquilo que ele foi buscar. Convencer de que na realidade as coisas podem ser diferentes se forem vistas de forma diferente e muitas vezes uma queimação, muitas vezes um feitiço, uma magia, por mais negra que seja possa ser mudada por um ebó de paz, aonde os conflitos são desfeitos, aonde os mal entendidos são esclarecidos, sem envolver tragédia, sem envolver dor, sem envolver lágrimas, evitando que Exú cante, que Exú dance, evitando vinganças de Exú.