quarta-feira, 7 de março de 2018

EXU MIRIM BRASINHA

É muito complexo falarmos sobre entidades, existem diversas visões e opiniões sobre este tema. Falar sobre qualquer entidade de Umbanda é delicado, pois sabemos sobre o espírito que deu Origem à determinada linha e por este motivo devemos nos lembrar que existem diversos outros espíritos que atuam na mesma, sendo então falangeiros e atuando como representantes do espírito que à originou. Segundo alguns historiadores o nome Brasinha estaria relacionado pelo motivo que este espírito viveu na época da escravidão e teria sofrido abusos sexuais e até mesmo outras práticas de tortura. Dizem que ele se vingou do feitor que ocasionou tanto sofrimento à ele. Mas vale lembrar que esta história está relacionada ao primeiro espírito que se apresentou com este nome, e que são diversos outros espíritos que representam Exú Brasinha, cada um possuindo a sua história.

Hoje apresento uma história contada pelo Exú Brasinha, espero que gostem.

"Eu tinha uns 13 anos de idade quando precisei trabalhar para ajudar minha família, mas bem antes disso eu e meus irmãos apanhávamos demais do pai e minha mãe.  Meu pai era carpinteiro, minha mãe lavadeira, tínhamos dificuldades para conseguir comida e isso tirava meu pai do sério, deixando ele nervoso devido a esta dificuldade financeira.

Com o passar do tempo fui vender jornal para tentar ajudar em casa. Mas eu estava tão cansado de apanhar, de sofrer e de chorar que comecei a praticar pequenos delitos e fui morar na rua.  Até que um belo dia descendo uma ladeira vi um senhor de terno preto, chapéu, vi assim a oportunidade perfeita, assim roubei ele, nesta época eu morava na rua e eu dormia em frente a uma casa amarela, onde eu dormia encostado ao muro desta casa. peguei minhas coisinhas que eu escondia em uma árvore, arrumei tudo, bem ajeitadinho e não vi os dois filhos do senhor que me viram rouba-lo e me seguiram, quando estava quase dormindo levei uma pancada na costela, alcancei meu canivete que estava escondido de baixo das coisas que eu usava para dormir, peguei o canivete mas tomei outra pancada na cara que voou canivete e tudo mais.

Me amarraram com as mãos para trás, amarraram meus pés jogaram querosene e eu virei uma brasa, peguei fogo."

Fonte: historiasdeterreirosdeumbanda.blogspot.com.br