Parceira direta de dona Maria Molambo e faz parte da mesma hierarquia, ou seja, da mesma falange. Geralmente vem em terra em pontos cantados a Maria Molambo. Isso se da devido a aproximação de ambas.
Sua marca registrada é sua ironia. Direta, clara e objetiva. São Pombas Giras serias, fies e determinadas. São as guardiãs do trono de Maria Mulambo. Trabalham cobrando carma e retorno de demandas.
Quando Mulambo é procura sempre há uma Farrapo ao lado correndo gira. A falta de compreensão faz com que seus médiuns trabalhem como se estivessem bêbados.
É necessário muita sintonia e contato com esta guardiã para poder incorporar sua real e essência.
Bebida:
Finas e caras e fortes.
Fuma:
Cigarros e cigarrilhas
Guia:
Vermelha e
preta
Lugar:
Encruzilhada em T
Metal:
prata
Mineral:
Ônix
Planta:
Rosas, aroeira.
Vela:
Preta e vermelha.
Farrapo responde nos pontos riscados de suas parceiras.
Maria Molambo
Maria Quitéria
O ponto cantado é outra maneira do guia nos revelear sua identidade. São musicas, curimbas onde eles cantam contando sobre sua historia ou passagens de suas vidas. Brincam, ensinam e ate advertem através dos pontos cantados. São versos rimados simples e fáceis de cantar. Existem vários e centenas e podem ser utilizados para saudar, louvar, agradecer e ate mesmo invocar o Guia ou espírito.
Maria Farrapo,
no terreiro te chamamos.
Firma teu ponto,
que tua força precisamos.
Vem trabalhar o teu mistério,
aplicar a lei de Umbanda.
Desfazer o mal entendido,
e mostrar quem é que manda.
Da Calunga à Encruzilhada,
do Cruzeiro ao Cabaré
Vem Maria Farrapo,
concedendo seu axé.
PONTO DA FALANGE MARIA FARRAPO
(Claudia Baibich)
Estou sempre caminhando,
vendo sempre muita dor.
Vejo almas que se perdem,
sem ouvir seu protetor.
Filho de fé,
não escute a voz do mal.
Vence aquele que resiste,
com consciência e moral.
Sou Maria Farrapo,
e minha falange tem poder.
Sou amiga da justiça,
e não me deixo corromper.
PONTO DE SUBIDA DE MARIA FARRAPO
(Claudia Baibich)
Maria Farrapo vai embora,
levando o mal que aqui havia.
Vai girando mundo afora,
desfazendo a hipocrisia.
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ao Jornalista
Magno Constantino