Mestre Sibamba é uma entidade, onde sua história de vida relata as épocas da época da Brasil Império (Século XIX), veio de Portugal para o Ceará ainda criança.
Ao chegar aqui no Brasil, durante período de longa seca perdeu a mãe sendo criado pelo seu pai, que era dono de um bar.
O Pai de Sibamba era alcoólatra e tendo Sibamba apenas dois anos de idade, o pai, na intenção de matá-lo, diariamente embriagava Sibamba, porém ao invés de morrer Sibamba se adaptou ao álcool e, portanto se tornando um bebedor de primeira. Já Adulto o pai faleceu e ele assumiu o bar.
Por costume Sibamba bebia muito, mas nesta altura já era um grande catimbozeiro, culto fortemente enraizado no Nordeste, trazido pelos negros e agregados aos cultos indígenas e outros costumes, da miscigenação cultural do nosso País. Na linha Nagô, que significa “Rei de Magias”, ele sabia usar as ervas para banhos de cura, fazia partos (era um ótimo parteiro) tirava costelas montadas, rezava as crianças de mal olhados e tudo mais.
Então Sibamba ficou conhecido como o maior juremeiro do Ceará. Com toda a fama que fizera despertou de alguns inveja e despeito, quando descobriram que montaram uma cilada para matar Sibamba. Como ele gostava de beber, fizeram uma festa em um cabaré e o embebedaram tanto até ele cair.
Porém Sibamba alem de catimbozeiro era forte e destemido, e para matá-lo foram necessário muitos homens.
Com o passar do tempo e sua evolução na doutrina espiritual da Jurema, Sibamba designado pelos superiores para trabalhar na linha de Mestre, sendo considerado um dos maiores e respeitados até hoje. Sibamba como outros trabalham na falange de Zé, entre eles estão Zé Pelintra, Zé Malunguinho, Zé Pretinho, entre outros.
PONTOS DE MESTRE.
Ele e Sibamba bebe cana, não promete para faltar com seu garrafão de cana tomba aqui cai a culá.
Quebra o galho Sibamba, quebra o galho quebra o galho Sibamba quebra o galho.
Ele não e caranguejo nem anda de banda, mais olha a pisada do mestre Sibamba.
Já abalei sete cidades, já abalei sete cidades eu mandei buscar mestre preá.
Sentado em sua carroça cansado de trabalhar
Ele é Antônio Carlos da Silva ele é conhecido como mestre Preá. se ele e bom na faca eu sou no facão, ele e bom na reza eu na oração.
Camarada, camarada, camarada amigo meu, camarada, camarada quem engana o outro e judeus.
Hôôô meu irmão Hôôô mano meu cadê meus irmão que não vem sambar mais eu.
Sibamba é um mestre falado
A ele ninguém ingana
Vamos salvar Sibamba
Com uma garrafa de cana.
Meu mestre me chamou
e eu vim foi trabalhar
é com seu garrafão de cana
tomba aqui, tomba acolá
Seu Sibamba é beberrão
mas sabe trabalhar
na direita ele é bonzinho
e na esquerda é de amargar
Ah Sibamba, Sibamba é cachaceiro
Sibamba só trabalha com seu ponto no terreiro
Eu bato, Sibamba
Eu bato, Sibamba
Eu bato com Nêgo no chão
Sibamba é rei dos bebo
ô Sibamba eu bato com nêgo no chão
Eu vou embora pra Bahia
Vê as baianas de lá
Na Bahia tem macumba
e aqui só tem patuá
Eu bato, Sibamba
Eu bato, Sibamba
Eu bato com Nêgo no chão
Sibamba é rei dos bebo
ô Sibamba eu bato com nêgo no chão"