Essa respeitável senhora exerceu ofícios de videntes e conselheira de milhares de doentes e portadores de doenças exóticas e não sabidas das ciências médicas. Através dos conselhos de “Mãe Maria do Acaís”, das suas preces e evocações, a maioria desses adoentados recuperava a saúde física, a tranquilidade e o uso pleno das suas faculdades mentais. Nas práticas de “Mãe Maria do Acais” incluía-se a ingestão de um tipo de vinho fabricado com sementes da “Jurema”, planta que crescia e se multiplicava no sitio dos Guimarães, em Acais. Folha, sementes casca e raízes desse vegetal serviam para o preparo de garrafadas licores, chás, banhos e condimentos desenvolvidos em formulas que Maria do Acais manteve em segredo, até sua morte, no ano de 1937.
Tudo teria começado com a índia Maria Gonçalves de Barros, conhecida por Maria índia, que teria recebido do Imperador Dom Pedro II as terras do Acais, onde teria assentado moradia. Maria Índia teria dado início, então, ao uso da Jurema para curar os mais variados males. Como não teve filhos, a sua sobrinha, Maria Eugênia Gonçalves Guimarães, recebeu a herança da tia, e logo ficaria famosa como sendo, a ‘mestre’ Maria do Acais. Depois de sua morte, Flósculo Gonçalves Guimarães, seu filho, foi seu continuador, nos demonstrando os laços de parentesco que circundam.
Maria do Acais é uma entidade muito rara e de difícil trato ela não foi ser puta por que gostava e sim por que foi expulsa de uma tribo cigana quando ficou grávida de um homem que não lhe amava e ela era prometida para outro foi para o cais do porto e fez a vida lá para sustentar e alimentar seu filho ela não usa vermelho nem saia estampada a roupa dela é lisa é muito ligada ao amor, como vemos a mestra Maria do Acaís não foi prostituta, não veio ao Cais do Porto ”fazer a vida”, nunca teve filhos, era sim uma senhora respeitável e que vivia para o culto do Catimbó, do bem estar das pessoas.
Depois de muito tempo a Maria do Acais tornou-se dona de uma das 7 cidades da Jurema, sendo o ícone e detentora de uma ciência que cresce a cada dia mais. Quem quiser saber mais é só ir a cidade de Alhandra/PB e conversar com as pessoas muito antigas que ainda estão lá, pois são descentes diretos ou indiretos dos antigos catimbozeiros.