Oxum
Oxum, nome de um rio em Oṣogbô,região da Nigéria, em Ijeṣá. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Ọxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Ọxum , onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Ọxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Ọxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Ọxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Iemanja. Nos mitos, ela foi casada com Ọxossi, a quem engana, com Xango, com Ogum de quem sofria maus tratos e Xango a salva.
Seduz Ọbaluaiê que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xango. Mas Ọxum é considerada unanimente como uma das esposas de Xango e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xango, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Ọyọ, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Ọxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Ọxum que se pede ajuda. Ọxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Ọxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Ọxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos Yoruba: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.Ọxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanja ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Ọxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
Ọxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Ọxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Ọxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Iemanja. Nos mitos, ela foi casada com Ọxossi, a quem engana, com Xango, com Ogum de quem sofria maus tratos e Xango a salva.
Seduz Ọbaluaiê que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xango. Mas Ọxum é considerada unanimente como uma das esposas de Xango e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xango, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Ọyọ, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Ọxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Ọxum que se pede ajuda. Ọxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Ọxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Ọxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos Yoruba: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.Ọxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanja ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Ọxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Ọxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Ọxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Ọxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Ọxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Ọxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, "gente é pra brilhar, mas Ọxum é o próprio brilho em orixá.
A face de Ọxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanja ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ọ̀sónyìn, afinal a primeira e tão querida filha de Iemaja não podia morrer. Filha mimada, Ọxum é guardada por Ọrúnmilà, que a cria.
Quando Orunmilá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada o orisa da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebê ).
Nanã é matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanja é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas - mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Ọxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Ọxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Yorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos - é dos poucos Orixás Yorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Ọxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exu responde.
Características
Animais: Pomba Rola
Bebida: Água mineral (Almas e Angolas) Champanhe
Chakra: Frontal
Comidas: Omolokum, Quindim, Papa de fubá com mel.
Cor: Azul (em algumas casas amarelo)
Data Comemorativa : 8 de Dezembro
Dia da Semana: Sábado
Elemento :Água Doce
Essências: Lírio, Rosas,
Fios de Contas: Azul (em algumas casas amarelo)
Flores: Lírios, Rosa Amarela
Incompatibilidade: Abacaxi, Batata
Instrumento: Abebê
Metal: Ouro
Numero: 5
Pedras: Topázio (amarelo e azul)
Planeta: Vênus (Lua)
Ponto de Força: Cachoeiras, Rios ou Nascentes
Saudação: Ora ie ie ó!
Saúde: Orgãos reprodutores (femininos), Coração
Símbolo: Coração ou cachoeira, Abebe
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição,Nossa Senhor Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lurdes, Nossa Senhora das Cabeças , Nossa Senhora de Nazaré.
Folhas:
- Abacate
- Banana
- Banana Terra
- Banana Ouro
- Bergamota
- Damasco
- Goiaba
- Laranja Bahia
- Maça
- Maracujá
- Melancia
- Melão
- Pêra
- Uva
- Agrião do Pará
- Alfazema do Brasil
- Arninca
- Azedinha
- Batata Doce
- Bem Me Quer
- Bétis Cheiroso
- Camomila
- Capim Rabo de Burro
- Cavalinha
- Côlonia
- Dormideira
- Erva Cidreira
- Erva Santa Luzia
- Flor de Lótus
- Folha de Dez Reis
- Gengibre
- Malva
- Malva Rosa
- Melão D' Água
- Nove Horas
- Patchouli
- Quaresminha Rasteira
- Salsa Brava
- Quiabo Roxo
- Poejo
- Vassourinha do Relógio
- Vassourinha Doce
- Bananeira
- Mamão
- Capim Burro
- Amor Perfeito
- Yéyé Morin ou Iberin: Feminina Elegante
- Yéyé Ipetu: Deve ser Oya Petu
- Oxum Popolókum: Que não desce sobre a cabeça das filhas
- Yéyé olókó: Vive nas Florestas
- Yéyé Ipóndá: A mãr dde Lógunedé , Orixá menino que compartilha dos seus axés, ambos dançam ao som do ritimo Ijexá , toque que recebe o nome de sua religião de origem. Usa um ababé nas mãos, uma alfange, por ser guerreira, e um ofá dourado por sua ligação com Oxossi. É a verdadeira Oxum Ijexá que veio e Ijexá ou de Ipondá. Vive no mato com o marido, veste-se de amarelo ouro. É desconfiada, astuta Obeservadora.
- Yéyé Onirá: Caminha com Oya Onirá, com quem muitas vezes é confundida
- Yéyé Oké : É provavelmente a esma que Yéyé Loke, tipo guerreiro.
- Oxum Karé: É um tipo de Oxum mais velha autoritária , guerreira e agressiva.
- Yéyé Oga: É um tipo de Oxum velha e Rabugenta
- Oxum Abalô: É uma velha Oxum, a mais idosa de todas , e chefe das mulheres , avó , amorosa é uma mulher que tem numeroso filhos e netos. Mas é bastante serena e autoritária . Usa azul claro e abebé.
- Oxum Apara; Seria a mais jovem das Oxum, e m tipo de guerreira que acompanha Ogum (ou Xangô) vivendo com ele pelas estradas;dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa, leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor de Rosa.
- Oxum Osogbó: É uma Oxum muito jovem e vaidosa que usa colares de contas de louça amarelo claro.
- Oxum Iyanlá ou Ayala: A avó que foi mulher de Ogum
- Oxum Ijúmú: com estreita ligação com as feiticeiras Iyámi-Ajé considerada a rainha de todas as Oxuns .Temidas pelas brigas e vinganças.
- Oxum Ajagura; outra Oxum guerreira que leva espada, jovem , casada com Aganju, rival de Iansã. Representa um tipo semelhante a Apará; Apará parece, porém mais agressiva e orgulhosa
- Yéyé odo: é a Oxum das fontas ; Talvez seja a mesma Iyá mi Odo ou Iyá Nodo , um tipo de Iemanjá
- Oxum Iya Omi: É a Oxum saudada no xiré, também idosa. É aquela que az as perguntas a Exu no jogo divinatório de Ifá
- Oxum Éwji: É uma Oxum maternal e generosa, saudada no padé.
· Oxum Iara - ou simplesmente Oxum – essência da Oxum. Sentimento, amor, concórdia, harmonia, união.
· Oxum Marê – manifesta-se quando do encontro das águas de Oxum com as águas de Iemanjá. São as águas turbulentas. Em termos de significado e tradução para as nossas vidas, é o encontro do passado com o presente, de uma essência com a outra. Revisão de sentimentos (Oxum), turbulência de sentimentos (choque das duas águas), relacionados a nossa formação familiar (Iemanjá).
· Oxum Diapandá – manifesta-se na superfície das águas salgadas (onde a água é menos salgada). Absoluta harmonia com Iemanjá. Na sua compreensão de atuação junto a nós, é quando após a revolução de sentimentos (Oxum Marê), nos acomodamos na placidez das águas superficiais, sem grande envolvimento de sentimentos profundos, mas mais voltados aos sentimentos e aspirações materiais.
.Oxum Apará - seria a mais jovem das Oxum, e um tipo guerreiro que acompanha Ogum, vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na m ão e pode vestir-se de cor de marrom avermelhado,a Senhora da Espada.
.Oxum Dôco - Oxum guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço.
.Oxum Menina - Oxum nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma oxum, dizem que é a Oxum de mãe menininha do Gantois.
Considerada popularmente como sendo somente a Orixá do amor, entendemos como sendo a Orixá do misticismo, do sentimento, da concórdia e harmonia.
No batuque
- Oxum Docó: Matriarca e idosa: Sincretismo com Nossa Senhora Aparecida (nação batuque)
- Oxum Panda: Moça coquete e vaidosa (sincretismo com Nossa Senhora da Conceição)
- Oxum Demum: Entre Pandá e Docô (meia idade- adjuntó com Ossain)
- Oxum Pandá Ibeji Oxum menina , Oxum merimeri: Oxum criança, nova concentrada a vaidade e beleza e elegância , dizem ser a Oxum de mãe menininha do Gantois
- Oxum Abotô: Oxum vlha de culto antigo , ligado as Iyamís feiticeira coarrega abbe e alfange, tem ligação com Nanã Oyá de culto Igbalé.
- Oxum Ayaalá: É talvez a mais ancestral dentre todas , veste -se de branco ligação com Orunmilá e as Iyamis, considerada a avó.
- Oxum Otin: Oxum com estreita ligação com Inlé, ligada a caça e usa Ofá e abebéCaracterísticas dos Filhos de Oxum:
Os filhos de Ọxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de Ọxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Ọxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Ọxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social".
Os filhos de Ọxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Ọxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Ọxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Ọxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Ọxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Ọxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Ọxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Ọxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade.Lendas de OxumComo Oxum conseguiu participar das reuniões dos Orixás Masculino
Como Oxum criou o CandombléOxum é destemida diante as dificuldades enfrentadas pelos seus
Ọxum enfrenta o perigo quando Ọlọ́run, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos Orixás, prende a chuva no Orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Ọxum voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Oxalufan e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Ọlọ́run. E consegue seu objetivo pela comoção de Ọlọ́run.
Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Ọxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá
Com grande compaixão, Ọxum intercede junto a Ọlọ́run para que ele ressuscite Ọbaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Ọxum cuida da recém-nascida, a querida Ọya.Riqueza de OxumOs Amores de Oxum
Ọxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado .Ela livra seu querido Ọxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.
Ọ̀xum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xango e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xango é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Ọxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do Orixá do amor. Como esposa de Xango, ao lado de Òbá e Ọya, Ọxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.Como Oxum conseguiu o segredo dos Búzios
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Ọxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Ọxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exu.
Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Ọxum, foi procurar Exu. Exu, muito matreiro, falou à Ọxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Ọxum sobre os domínios de Exu durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Ọxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exu lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exu. Findando os sete anos, Ọxum e Exu tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Ọxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exu, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Ọxum. Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Ọyọ. Ọxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exu. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Ọxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exu, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exu foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Ọyọ, da mais alta torre. Lá estava Ọxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exu, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Ọrúnmilà, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exu, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Ọxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exu para sua morada.