Oxossi
Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exu.
Ọxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Iemanjá, ou, nos mitos, filho de Apáòká (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Ọxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela tem muitos filhos que são abandonados e criados por Ọxum.
Ọxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imitam a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ọssain apaixonou-se pela beleza de Ọxossi e prendeu-o na floresta.Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Ọxossi está associado ao Orixá Ọssain que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de umbanda.
Irmão de Ogum bitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Ọxossi é bastante difundido no Brasil, mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Ọxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Ọxoṣsi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois se identifica com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Ọxoṣsi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Ọxoṣsi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Ọxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.Características
Ọxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Iemanjá, ou, nos mitos, filho de Apáòká (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Ọxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela tem muitos filhos que são abandonados e criados por Ọxum.
Ọxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imitam a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ọssain apaixonou-se pela beleza de Ọxossi e prendeu-o na floresta.Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Ọxossi está associado ao Orixá Ọssain que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de umbanda.
Irmão de Ogum bitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Ọxossi é bastante difundido no Brasil, mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Ọxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Ọxoṣsi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois se identifica com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Ọxoṣsi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Ọxoṣsi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Ọxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.Características
Animais Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)
Bebida Vinho branco (água de coco, caldo de cana, aluá)
Chakra Esplênico
Comidas Axoxô,Papa de Milho Para Oxóssi,Quibebe Pamonha de Milho Verde
Cor Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)
Data Comemorativa 20 janeiro
Dia da Semana Quinta-feira
Elemento Terra
Essências Alecrim
Fio de Contas Verdes Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)
Flores Flores do campo
Incompatibilidades Mel, Cabeça de bicho (nos sacrifícios e alimentos), Ovo
Metal Bronze (Latão)
Numero 6
Pedras Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)
Planeta Vênus
Ponto de Força Matas
Saudação òkè àró oke odé! - Salve o caçador, aquele de alta graduação honorífica
Saúde Aparelho Respiratório
Símbolo Ọfà (arco e flecha), Ìrùkere
Sincretismo São Sebastião
Folhas
- Coco
- Goiaba
- Mamão
- Alecrim Caboclo
- Alfavaca do Campo
- Alfazema de Caboclo
- Cabelo de Milho
- Carqueja
- Carrapicho de Boi
- Chapéu de Couro
- Cipó de Caboclo
- Fumo Bravo
- Groselha
- Jurema Branca
- Malva
- Milho
- Milho Vermelho
- Pinhão Branco
- Capim LimãoQualidades ou tipos de Oxossi
- Ọxossi Ibualamo - É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que Ybualamo é o verdadeiro pai de Logun Edé. Apaixonado por Ọxum e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com Omolu Azoani. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.
- Inlẹ̀ - É o filho querido de Oxoguian e Iemanjá. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azuis claro. É tão amado que Oxoguian usa em suas contas um azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com Ogunjá.
- Dana Dana - Tem fundamento com Exu, Ossain, Oxumaré e Ọya. É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste azul claro.
- Akuereran- Tem fundamento com Oxumaré e Ọssain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tiram-se as penas e se solta o bicho.
- Otyn - Guerreiro e muito parecido com seu irmão Ogum, vive na companhia dele, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente este sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, conta azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a Ogum
- Mutalambo - Tem fundamento com Exu
- Gongobila - É um Ọxossi jovem. Tem fundamento com Oxalá e Ọxum.
- Koifé - Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ọssain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Ọxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.
- Arolé - Propicia a caça abundante. É invocado no Padé. É um dos mais belos tipos de Ọxossi. Um verdadeiro rei de Ketu. As pessoas dele são muito antipáticas. Jovem e romântico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com Ogum e Ọxum. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é ágil na arte de caçar.
- Kare - É ligado as águas e a Ọxum, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas forças e funções. Come com Ọxum e Oxalá. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.
- Wawa - Vem da origem dos Òrixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com Oxalá e Xangô, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se Airá ou Ọxum Karé.
- WALÈ - É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com Exu e Ogum.
- Oseewe ou Ygbo É o senhor da floresta, ligado as folhas e a Ọssain, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tapando o seu rosto.
- TÁFÀ-TÁFÀ - O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Ọxossi
- Erinlẹ̀ - É também um outro Ọxossi, que, a exemplo de Inlẹ̀, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se "qualidade de Ọxossi".
- TOKUERÁN - O caçador é quem mata a caça, diz-se da actuação do caçador.
- OTOKÁN SÓSÓ - Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo. Título que Ọxossi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Ọxossi era aquele que só tinha uma flecha. Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Ọxossi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito. Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Ọxum, mas, também às Ìyámi Eléye. Então, é èèwò (proibição) para Ọxossi. Por essa razão também, é que se dá para Ọxossi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.Atribuições
Ọ̀ṣọ́ọ̀si é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Características dos Filhos de Oxossi
O filho de Ọ̀ṣọ́ọ̀si apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
Os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.
Fisicamente, os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si, tendem a serem relativamente magros, um pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos.
Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Ọ̀ṣọ́ọ̀si como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Ọ̀ṣọ́ọ̀si compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá.
Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É, portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.
São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico, do filho de Ọ̀ṣọ́ọ̀si é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.
Lendas de Ọ̀ṣọ́ọ̀si