Alguns projetores afirmam que o cordão de prata não existe, que nunca o viram em suas projeções. Contudo, isso é fácil de explicar: às vezes a densidade do cordão é tão sutil que o mesmo se torna invisível e intangível para o próprio projetor.
Além disso, se o projetor estiver projetado a grande distância do seu corpo físico, fica mais difícil ainda percebê-lo. Pode se considerar, ainda que se alguns projetores não conseguem ver nem mesmo o próprio corpo humano deitado no leito, e isso não significa que ele não existe.
A melhor maneira do projetor verificar a existência do cordão de prata é se manter perto do corpo físico, onde sua densidade é maior, devido à ação da cúpula energética, e usar, então, as mãos extrafísicas (paramãos) para apalpar a própria nuca extrafísica(paranuca) e ali tocar ou sentir as pulsações energéticas do cordão.
Pelo fato do cordão se inserir na parte posterior da paracabeça do psicossoma, é óbvio que o projetor pode não percebê-lo, pois na maioria das vezes está olhando para frente, e nem se apercebe de que há uma conexão energética sutil, ligando-o ao corpo físico.
Além do grande número de projetores (a maioria) que relatam ter visto e até tocado extrafisicamente o cordão de prata, temos também o relato de muitos clarividentes que em plena vigília física, viram o cordão aderido no psicossoma do projetor que lhes aparecia naquele instante. Há, ainda, as informações passadas pelos espíritos desencarnados, através da psicografia e da psicofonia, contendo informações pormenorizadas do funcionamento desse cordão.
Há uma certa controvérsia entre os pesquisadores e projetores a respeito do ponto de conexão do cordão de prata no corpo físico. Alguns dizem que ele se situa no plexo solar. Outros afirmam que o ponto de contato é no interior da cabeça.
Na verdade, o cordão de prata é uma série de filamentos energéticos embutidos por toda a extensão (interna) do corpo físico. Quando o psicossoma se projeta, esses filamentos se distendem e se unem formando, então, um feixe de energia que liga os dois corpos. Pode se dizer que são minicordões que se juntam num só. Os principais filamentos se distendem de cinco pontos básicos: ventre (chacra sexual), plexo solar(chacra umbilical), baço (chacra esplênico), coração (chacra cardíaco) e cabeça (chacras coronário e frontal).
Às vezes, essa ligação do cordão de prata se faz pelas omoplatas extrafísicas(paraomoplatas) e chega até a paranuca por dentro do psicossoma.
Se o psicossoma se apresentar bastante denso energeticamente fora do corpo, é bem provável que o projetor veja um grande filamento do cordão exteriorizando-se do plexo solar ou do peito, pois são áreas que contém muito ectoplasma.
O filamento energético da cabeça também estará exteriorizado, porém, como é muito sutil, o projetor poderá não percebê-lo.
Como o leitor observa, o cordão de prata exterioriza-se de pontos diferentes no corpo físico, mas sua conexão principal está situada na cabeça, sede do corpo mental. Nem é preciso dizer que a pessoa pensa com a cabeça, e não com a barriga.
Nos relatos mediúnicos passados pelos espíritos desencarnados, eles informam que o rompimento final do cordão de prata se dá dentro da cabeça, e não no plexo solar.
Para comparação do leitor, vejamos alguns relatos importantes sobre o cordão de prata extraídos das principais obras de projeção extrafísica:
- (Trechos extraídos do livro A Transição Chamada Morte
– Charles Hampton – Páginas 42 - 44 - Editora Pensamento):
‘O livro do Eclesiastes – Cap. 12 – Vers. 6, se refere ao cordão de prata com estas palavras: ‘ou o cordão de prata se solte ou o vaso de ouro se parta’.
Uma quantidade enorme de filamentos nervosos reúnem-se na base do crânio e são, então, entrelaçados através da matéria do próprio cérebro. Assim podemos considerar o cérebro um painel controlador do sistema telegráfico dos nervos e dos músculos do corpo como se ele operasse alternadamente através da linha-tronco do cordão de prata pelas consciências superiores. O cordão de prata reúne os filamentos nervosos que terminam no cérebro num cabo elétrico, que é ligado à sutura do alto da cabeça, chamada em sânscrito de centro brahmarandra, ou abertura de Brahma. É através desse centro do topo da cabeça que normalmente a consciência deixa o corpo humano, parcialmente no sono ou na meditação, e completamente na morte.
“Imagine-se um cabo feito com muitas centenas de delgados filamentos nervosos, cada um deles tendo uma linha claramente definida de substância etérica estendendo-se a partir deles, desde o ponto em que se une ao corpo, mas tornando-se mais etéreo à proporção que penetra os éteres mais finos, até tornar-se muito tênue. Uma boa ilustração é um feixe de raios luminosos cruzando certa extensão do espaço e pelo qual um aeroplano pode-se guiar com certeza e segurança, tal como nas histórias infantis em que as fadas deslizam pelos raios do luar. Assim como temos inumeráveis extensões de ondas em nosso rádio, e a sinfonia passa a uma fração de polegada de distância das notícias irradiadas, sem que uma jamais interfira na outra; da mesma forma o cordão de prata de uma pessoa jamais se emaranha com o de outra, porque cada pessoa é única, tal como duas folhas de uma árvore não são exatamente iguais, ou duas impressões digitais não são as mesmas.”
“No sono, principalmente numa pessoa que tenha receio de se afastar demais de seu corpo, o cordão de prata tem a aparência de um cordão umbilical, a não ser pelo fato de estar ligado ao centro do cérebro e não ao umbigo. Parece quase palpável. Mas se uma pessoa viaja a uma certa distância de seu corpo, seria mais comparável a uma irradiação de farol.”
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- (Trechos extraídos do livro Viagens Fora do Corpo
– Robert Allan Monroe - Páginas 144-145 – Editora Record):
“Saí do físico através do processo ‘rolamento de toro’, depois comecei a atravessar o quarto. Parecia que alguma coisa me retinha. Era como tentar andar devagar na água, puxando com braços e pernas sem sair do lugar. Subitamente houve um puxão nas minhas costas (sem dor) e eu retrocedi formando um arco, com os pés acima da cabeça, e reentrei no físico. Sentei-me fisicamente, quando alguém bateu na porta (minha filha). Que me teria puxado para trás tão resolutamente? O ‘cordão’ sobre o qual eu lera desde então?”
“Respondendo a uma pergunta feita em discussão com a Sra. Bradshaw, resolvi verificar se havia realmente um “cordão”, mas não me ficou visível; ou estava escuro demais, ou em outro ponto. Então tateei pela cabeça para ver se ele saia pela frente, topo ou nuca. Quando fiz isso minha mão esbarrou em qualquer coisa, e tateei por trás de mim com ambas as mãos. Seja lá o que for, estendeu-se a partir de um ponto atrás de mim, diretamente entre as omoplatas, pelo que pude perceber; e não da cabeça, como eu esperava. Senti a base, e parecia exatamente como as raízes de uma árvore espalhando-se do tronco principal. As raízes se inclinavam para fora e desciam pelas minhas costas até o meio do tronco, subiam pelo pescoço e penetravam pelos ombros de cada lado. Estiquei os braços e vi que formavam um “cordão”. Ficava pendurado e solto; pude sentir sua textura com precisão. Tinha calor de um corpo, e parecia composto de centenas (milhares) de fios iguais a tendões, unidos aos grupos, mas não torcidos nem espiralados. Era flexível, e não parecia ter pele por cima. Satisfeito por ver que existia mesmo, afastei-me e voltei.”
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- (Trecho extraído do livro Fenômenos de Bilocação-Desdobramento
– Ernesto Bozzano – Páginas 36-37 - Editora Correio Fraterno do ABC):
“Caso VII- Tiro-o do Journal of the S. P. R. (1894, pág.287).
Dr. C. E. Somins conta que, em janeiro de 1890, aos 25 anos de idade e quando estudava medicina, aconteceu-lhe certo dia passar por um fenômeno estranho e este, quando, com outros colegas, se preparava para os exames na Faculdade.
Escreve ele: ...Achava-me na situação de alguém presa de um pesadelo. Sentia incapaz de mover-me em uma ou outra direção e experimentava a sensação de estar ligado de pés e mãos. Somente podia mover os olhos para todos os lados, mas não conseguia abrir ou fechar as pálpebras. Tinha plena consciência do que ocorria em meu derredor. Via as horas: 3:49 da tarde; olhava o caderno em que escrevia o meu amigo H., observando que tomava notas do tratado de “Matéria Médica”. Permaneci assim, por três minutos, contados no relógio à minha frente. Durante esse tempo, tive a sensação de uma ‘força’ desconhecida que paralisava os meus movimentos, e essa força parecia concentrar-se atrás de mim, à distância de um metro pouco mais ou menos, ao nível dos meus ombros.
Quando me perguntava se estaria acordado ou não, de repente tive a consciência de me dividir em dois seres distintos, e foi a ‘força’ em apreço que produziu o fenômeno. Um dos dois seres jazia inerte sobre o divã; o outro estava livre e se deslocava num círculo restrito, donde podia, à vontade, contemplar o segundo. Entre ambos existia uma ‘força elástica’ que impedia o rompimento do laço que os unia. A vontade podia eu obter que o ser, diante de mim, se estendesse no chão ou circulasse no quarto, a pouca distância do outro. Quando a distância entre ambos atingia certo limite, a ‘força elástica’, que os unia, se estirava. Além desse limite (que agia entre os dois seres), nenhum esforço de vontade de minha pessoa conseguia distanciar mais o ser fluídico e, atingido o limite, eu experimentava forte sensação de resistência nos dois corpos.”
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- (Trecho extraído do livro No Limiar do Mistério da Sobrevivência
– Hamilton Prado – Páginas 25-26 - Editora Serviço Social Batuíra):
“Propus-me, pois, em tais ocasiões, voltar para junto do meu quarto e observar o que se me apresentava. Porém, toda vez em que assim procedi ao aproximar-me de meu quarto, mal eu ingressava neste, logo acordava. Pouco depois, porém, comecei, no momento de realizar-se o desdobramento, a encontrar-me em meu próprio quarto, mas, ao aproximar-me de meu leito, breve acordava, o que não impedia que eu visse o meu corpo deitado sobre a cama e notasse a posição em que o mesmo se achava, bem assim a coberta, para conferir, depois de acordado, se as posições coincidiam. As verificações feitas foram sempre satisfatórias, pois coincidiam. Afinal, um dia, de um dos cantos do quarto, notei que de mim saía uma espécie de cordão luminoso, que procurei observar melhor, segurando-o com as mãos. Notei que não era um simples fio, mas uma espécie de cordão, a que se ligavam muitas bolas de tamanhos diversos, cuja apalpação me dava a sensação de que eu estivesse segurando tecidos macios e escorregadios que eram, ademais, fosforescentes. Assim, segurando em minhas mãos aquele estranho cordão e puxando-o como quem puxa por uma corda, vi-me, de repente, junto à minha cama, onde notei o meu corpo material deitado de lado.
Porém o cordão me ligava, isto é, ligava o meu “EU”, não ao corpo material, mas a um pequenino corpo cinzento, como se fosse uma criança, que jazia atrás daquele. Procurei, então, examinar esse pequeno corpo, mas mal eu me aproximei dele, acordei. Ainda dessa vez, depois de acordar, verifiquei que a posição do meu corpo era a que eu vira antes.”
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- (Trechos extraídos do livro A Projeção do Corpo Astral
– Sylvan J. Muldoon – Páginas 77,78,141,142 - Editora Pensamento):
“Quase todos os estudiosos dos fenômenos espíritas sabem que o cordão astral é como que de estrutura elástica, ligando o corpo astral ao corpo físico. Parece que é tudo quanto foi dado a conhecer, relativamente a esse esquemático organismo astral. Tal desconhecimento não é difícil de ser explicado. De um lado está o experimentador psíquico que, se incapaz de projetar-se, apenas conclui das informações alheias. Por outro lado, muitas pessoas que se projetam, não mantêm uma consciência absolutamente clara. Algumas se mantêm alertas a certa distância do corpo físico; outras, de tal modo ficam absorvidas com as maravilhas encontradas, que no momento nunca o pensamento de investigar as causas penetra em suas mentes. Calcula-se que atualmente cerca de quinze mil pessoas vêem mais ou menos no plano astral; e que cerca de cinqüenta, apenas, podem, por vontade própria, penetrar naquele plano.
Muitas vezes, quando projetado conscientemente, tenho conseguido examinar minuciosamente e observar a ação do cordão astral. É uma espécie de mistério suplementar, participando do principal ato, chamado projeção. Essa estrutura vital é composta, tanto quanto me é dado ver, do mesmo material ou da mesma essência do corpo astral. Sua ação errática sempre me causou uma profunda impressão e, por vezes, quase fui levado a pensar que possuísse inteligência. De onde vem na exteriorização do fantasma, onde desaparece quando o fantasma entre em coincidência, são para mim dois mistérios insondáveis. Sua elasticidade está além da imaginação e não é comparável a nenhum objeto material quanto às suas qualidades de extensão.
Quando tentamos fazer uma ideia desse cordão astral, o máximo que podemos conseguir é compará-lo a um cabo elástico. Ainda tal comparação não chega a fazer justiça a esse órgão realmente vivo. O cordão astral sempre se estende de um corpo a outro, seja qual for a distância existente entre eles.”
“Jamais vi o cordão tomar contato com o corpo físico no plexo solar; mas observei tal contato na frente, ao lado e na parte posterior da cabeça. Mas comigo a ponta do cordão adere invariavelmente à região da medula oblongada do fantasma. Contudo, faço uma sugestão: que os experimentadores que sustentam ser ponto de contato o plexo solar, façam sugestões a tal respeito, quando em desenvolvimento.
Seja como for, a razão pela qual o cordão astral se prende em diferentes pontos da cabeça física se deve à posição do corpo físico no momento da projeção. Os corpos astral e físico coincidem. Tal a posição do corpo físico, qual a do corpo astral. Se o físico tiver a face para cima, quando em posição horizontal, o corpo astral emergirá também olhando para cima. Então o cordão sairá da testa do corpo físico, entre os olhos, ligar-se-á ao fantasma pela parte posterior da cabeça - na região da medula oblongada. Acrescentaria que esta é a posição ideal para a projeção.
Por outro lado, se o corpo físico estiver de bruços, o corpo astral emergirá horizontalmente e olhando para baixo. Então o cordão irá da medula oblongada do corpo físico diretamente para o alto da cabeça do fantasma, na região da medula oblongada. Se a gente estiver consciente, quando acontece uma projeção desse último tipo, sentirá o cordão rodeando a cabeça, no astral, dando a sensação do contato em uma mangueira macia, na qual houvesse pulsações regulares.”
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- (Trecho extraído do livro The Silver Cord and The Seed Atoms
– Max Heindel – Editora Fraternidade Rosacruciana):
“Quando os veículos superiores deixam o corpo denso, ainda estão ligados a ele por um cordão prateado, delgado e cintilante, muito semelhante ao desenho de dois números seis em posição invertida, um deles em posição vertical e outro colocado horizontalmente, os dois ligados pelas extremidades dos ganchos. Um deles fica preso ao coração por meio do átomo permanente, e é o rompimento desse átomo que leva o coração a parar. O cordão propriamente dito não se rompe até que o panorama da vida passada, contido no corpo vital, seja revisto... O cordão prateado rompe-se no ponto em que os “seis” se unem, metade permanecendo com o corpo denso (e com o duplo etérico) e metade com os veículos superiores. Desde o momento em que o cordão se rompe, o corpo denso está de todo “morto”. O rompimento (do átomo permanente) no coração, liberta o corpo vital, que, com o corpo de desejos e a mente, flutua acima do corpo visível por não mais do que três dias e meio, enquanto o Espírito está engajado na revisão da vida passada.”
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A partir desses relatos, o leitor constata que o verdadeiro protetor do corpo físico durante a experiência extracorpórea é o cordão de prata. Ele não falha: sempre vai puxar o projetor de volta para a sua “cela de carne”. Inclusive, em certas situações, o cordão pode interromper uma projeção, devido a algum barulho ocorrido nas proximidades do local onde o físico está deitado, bem no meio de um evento extrafísico importante. O projetor deve se acostumar, pois isso é mais comum do que se pensa.
Muitas pessoas perguntam: “Pois bem, depois de sair do corpo como é que se faz para voltar para ele?” - Na verdade, essa questão não é importante, pois a volta para o corpo é inevitável. O espírito está ligado ao corpo para uma experiência encarnado na Terra, e o cordão é que o mantém anexado ao plano físico. Portanto, o projetor não deve se preocupar com isso, pois não há como não voltar para o corpo.
Esse texto sobre o cordão de prata foi extraído do livro Viagem Espiritual II
– Wagner Borges – Editora Universalista – 1995.
Por Wagner Borges
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