sexta-feira, 29 de junho de 2018

Gira de Exu não é “Casa da Mãe Joana”

Quando comecei a frequentar um Terreiro de Umbanda, não posso negar que encarava a Linha dos Exus e Pombagiras com alguma desconfiança e até receio. As imagens com chifres, capas negras e até nudez, os altares
com bebidas alcóolicas e charutos e tudo aquilo que ouvimos por aí é muito marcante e causa-nos uma ideia inicial pouco positiva. Foi assim comigo e sei que é assim com muita gente.
Antes da minha primeira Gira de Exu eu estava bastante ansiosa, sem saber direito o que esperar. Será que as entidades incorporadas seriam assustadoras como as imagens?
Será que fariam trabalhos de amarração e de magia negativa?
Será que nessas Giras incentivam a vingança e outras posturas imorais?
Eram essas e muitas perguntas que me passavam pela mente.
Passando pela primeira Gira de Exu e por outras Giras posteriormente, percebi que os mitos que as pessoas criam por aí são absurdamente falsos.
Vamos a eles (os mitos):
1 – Exus não são “demônios”
Sendo entidades de Umbanda, obviamente os Exus e Pombagiras são entidades que trabalham apenas para o bem e não sustentam trabalhos de magia negativa. O trabalho dos Exus consiste em aplicar a Lei Divina, ajudando a trazer para as nossas vidas as consequências daquilo que praticamos, seja para o bem ou para o mal. Os Exus não se vingam, não “aprontam”, não colocam o mal no caminho de ninguém; ajudam-nos a colher aquilo que plantamos, tanto para aprendermos com as experiências negativas como para crescermos com as nossas virtudes.
2 – O uso da bebida e do fumo não é para diversão
Já ouvi muitas vezes que os Exus e Pombagiras, quando incorporados, pedem sempre bebidas e fumo para sentirem os prazeres da vida carnal, dos quais sentem saudades. Mas isto não é bem assim: apesar de terem
vivido encarnações na Terra como nós, e de estarem próximos da nossa faixa vibratória, os Exus são espíritos certamente mais evoluídos do que nós que estamos aqui, agora, e por isso são nossos Guias espirituais, sendo que já não estão presos a estes “prazeres carnais”. O uso da bebida e do fumo nas Giras e nas oferendas visa possibilitar que os Exus manipulem a energia mais densa contida nestas substâncias para realizar o seu trabalho de limpeza, neutralização ou corte de magias negativas nos consulentes.
3 – Gira de Exu não é “Casa da Mãe Joana”
As Giras de Esquerda podem sim ser mais descontraídas, pelo tipo de roupa que se usa, pela linguagem e risada dos Exus e Pombagiras e pelo uso, às vezes mais intenso, de bebidas alcóolicas. Por conta disso, vejo muitos umbandistas acharem que nestas Giras pode tudo, desde beber e fumar enquanto supostamente faz a sustentação energética dos trabalhos, até falar palavrão, dançar durante os
Pontos como se estivessem numa discoteca e usar roupas exageradas ou vulgares. Estes comportamentos não são aceitáveis em outras Linhas de trabalho; por que, então, achar quevo são nas Giras de Exu?
O trabalho realizado nas Giras de Exu é tão sério como o que é realizado numa Gira de Caboclo, de Pretos Velhos ou qualquer
outra Linha, e deve ser realizado com respeito, concentração e dedicação.
Se não houver atenção a isto, há grande hipótese de as entidades presentes não serem verdadeiramente Exus e Pombagiras, mas sim espíritos zombeteiros que quererão, estes sim, aproveitar o fumo, o álcool e a energia de baixa vibração manifestada pelos médiuns e consulentes.
Cabe a nós, umbandistas, procurar informação correta e ajudar a derrubar estes mitos que criam sobre os Exus.
Faça a sua parte!
Laroyê!
Autora: Juliana Silva – Umbanda na Europa

FELICIDADE

As pessoas a confundem com alegria, com euforia, com êxtase, mas nada disso é. Felicidade é um estado de espírito, e portanto não de corpo. Mas vamos ver como cada tipo de pensador a vê.
O pensador espiritualista:

Eu me debrucei numa das pontas da Lua Crescente e vi na outra Aquele que Brilha. Abaixo de nós estavam as montanhas e os vales e uma porção de pessoas. Perguntei para Aquele que Brilha:
—  Quem são essas pessoas?
—  São os filhos e as filhas de Deus.
Prestei atenção e vi que as pessoas brigavam e espezinhavam-se umas às outras. Perguntei:
—  São mesmo filhos de Deus?
E Aquele que Brilha respondeu:
– São.
Continuei observando e vi que as pessoas pareciam procurar alguma coisa freneticamente, empurrando-se e parecendo inumanas:
—  O que elas procuram?
—  Felicidade —  disse Aquele que Brilha.
—  Alguém já encontrou?
—  Algumas vezes eles pensam que encontraram.
Vi uma mulher carregando um bebê e um homem passou brutalmente por ela, fazendo com que ela caísse e o bebê rolasse no chão; o homem parecia estar procurando a Felicidade. Meus olhos ficaram enevoados e indaguei:
—  Será que eles encontrarão a Felicidade algum dia?
—  Encontrarão.
Tornei a olhar o que as pessoas faziam entre as montanhas e os vales e correram lágrimas dos meus olhos, e perguntei:
—  É da vontade de Deus ou do Demônio que os homens procurem a Felicidade?
—  É da vontade de Deus.
—  Mas parece uma coisa do Demônio.
Aquele que Brilha sorriu inescrutavelmente. Gritei:
— Por que eles têm que procurar a Felicidade e causar tanta desgraça uns aos outros?
Lá embaixo um homem maltratava cruelmente outro homem, mas de repente um vento forte arrancou-lhe as roupas e deixou-o nu entre desconhecidos e foi a sua vez de ser espezinhado. Bati palmas:
—  Ótimo! Ótimo! Ele recebeu o que merecia!
Aquele que Brilha tornou a sorrir:
—  Eles sempre recebem o que merecem. Recebem aquilo que lhes mostrará o verdadeiro caminho para a Felicidade.
Fiquei observando as pessoas maltratando-se e vendo que de vez em quando vinha um vento forte e jogavam-nas para algum lugar para continuarem a Procura.
—  O vento forte sempre os atira nesses vales e montanhas?
—  Nem sempre.
—  Onde estão?
—  Olhe para cima de você.
Acima de mim estava a Via Láctea e suas estrelas brilhantes.
Suspirei: Ah…
—  E o vento não se engana?
—  Não se engana.
—  O vento sempre os coloca em algum lugar para que eles recebam o que merecem?
—  Sempre.
Então o meu coração que estava esmagado iluminou-se e descobri que podia olhar as crueldades e ter pena dos cruéis. E quanto mais eu olhava mais crescia a minha compaixão. Falei:
—  Eles agem como pessoas atormentadas.
—  Eles estão atormentados — respondeu Aquele que Brilha.
—  O que os atormenta?
—  O desejo.
Gritei, passionalmente:
—  O desejo é uma coisa má.
E Aquele que Brilha respondeu duramente:
—  O desejo não é uma coisa má.
Tremi e fechei meu coração, até que tive forças de dizer:
—  É o desejo que atormenta os homens para eles aprenderem as lições que Deus mandou?
— É o desejo.
As lições da Vida e do Amor?
—  Sim, as lições de Amor e Vida!
Então não vi mais as pessoas como cruéis, vi apenas que elas estavam aprendendo. E olhei-as com profundo amor e compaixão, até que uma a uma o vento forte levou para longe.

O escritor  ou pensador social:
FELICIDADE REALISTA (Mário Quintana)
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser
magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente
apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes
inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos
sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente
quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o
suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem
pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que
saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o
estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está
alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não
se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la
e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e
não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso
coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

O pensador científico ou a Ciência:

Felicidade
Pensamos que seremos felizes depois de trocar de carro, receber aumento, encontrar um grande amor, reformar a cozinha ou quando nosso time vencer o campeonato. As recentes pesquisas sobre o assunto dizem o contrário, que a felicidade está no aqui e no agora. Um grupo de notáveis, composto pelo psicólogo americano Daniel Gilbert, da Universidade de Harvard, e pelo Prêmio Nobel de Economia Daniel Kahneman, da Universidade de Princeton, descobriu que a felicidade nunca é tão boa quanto se imaginava nem dura tanto quanto se pensava. O melhor é que o mesmo princípio vale para a infelicidade, que não dura para sempre nem é tão nefasta assim. “Erramos ao tentar prever o que nos fará felizes, seja quando isso significa um romance, seja quando significa um novo carro ou uma refeição suntuosa”, explica o professor Gilbert. Ou seja, uma Mercedes na garagem não vai fazê-lo mais feliz. Nem sapatos Manolo Blahnik, muito menos uma televisão de plasma. Tudo isso pode exercer fascínio, trazer conforto, representar uma conquista, mas está longe de trazer uma sensação permanente de satisfação.
Os quatro requisitos – Definir felicidade é tão complexo e abstrato quanto decifrar
a insanidade. Desde a Grécia Antiga, os filósofos estabeleceram uma diferença
entre ser e estar feliz. Nos últimos séculos, o tema mobilizou artistas, pensadores, intelectuais e produziu frases antológicas. “O segredo da felicidade é encarar o
fato de que o mundo é horrível, horrível, horrível”, resumiu o filósofo britânico Bertrand Russell, Prêmio Nobel de Literatura. Já Ingrid Bergman, a atriz deCasablanca, dizia que “felicidade é ter boa saúde e péssima memória”. Para os psicólogos, ser feliz é estar bem.
O psiquiatra e psicoterapeuta Flávio Gikovate vai lançar um livro sobre o que ele chama de medo da felicidade. Segundo ele, todos buscam esse estado de espírito privilegiado, mas acabam se desviando da rota ou se auto-sabotando por desespero. Ele percebe duas maneiras de pensar a felicidade: uma sensação de paz, completude e harmonia ou uma conquista. “O importante é perceber que a felicidade está no processo de chegada ao pódio, e não na permanência nele. Uma pessoa fica feliz ao comprar uma casa, mas esse sentimento se esvai em três semanas”, diz.
O psiquiatra propõe que a felicidade seja vista como algo dinâmico. É, em primeiro lugar, a obtenção de quatro requisitos mínimos: saúde física, estabilidade financeira mínima, boa relação afetiva e integração social. A partir dessas conquistas, alcança-se o ponto de equilíbrio e o que vier é lucro. A felicidade inclui ainda a auto-estima, o cuidado consigo e os prazeres intelectuais, como curtir uma boa música, um bom livro, se deleitar com um poema ou uma idéia nova. “Quem passa a tarde de domingo em frente à televisão assistindo ao Gugu ou ao Faustão não pode ser plenamente feliz.”
Enfrentar os problemas cotidianos já é uma forma de buscar satisfação. “Felicidade é algo que independe do que está a nossa volta. Desfrutar e saborear a vida é o nosso maior compromisso. As coisas ruins também fazem parte da vida e quem aceita isso enfrenta melhor o sofrimento, sem perder os momentos de alegria”, diz o psicanalista Luiz Alberto Py. O ser humano tem uma capacidade inigualável de aceitar e se adaptar. Durante mais de duas décadas, um psicólogo conhecido como Doutor Felicidade procura as motivações que levam as pessoas a se sentirem satisfeitas com a vida. Professor da Universidade de Illinois, o americano Edward Diener notou que os mais bem realizados eram aqueles que se cercavam da família, dos amigos e, mais importante, sabiam perdoar.
Dinheiro – A partir de um questionário com apenas cinco perguntas, Diener avaliou o índice de satisfação dos americanos. Mostrou, entre outras coisas, que assim que são atendidas as necessidades materiais básicas a renda financeira faz pouca diferença. “A relação entre dinheiro e felicidade é muito forte, mas tem limite. Quando a renda é maior do que US$ 10 mil por ano – cerca de R$ 2 mil por mês –, essa relação deixa de existir e o dinheiro deixa de ser a chave para a felicidade”, explica o economista Eduardo Gianetti da Fonseca.
“O dinheiro em si não traz felicidade, traz condições para a pessoa ser feliz, assim como um corpo saudável dá as condições para se ter uma vida mais feliz. O resto é estar em paz consigo e com a vida”, diz Rodrigo Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiepr). “No mundo dos negócios, é a oportunidade de cada pessoa dar o melhor de si. Uma empresa rígida não tem o mesmo brilho que uma empresa criativa e feliz”, afirma Loures, que é diretor da Nutrimental, das barras de cereais Nutry.
O que parece consenso entre os cientistas é o efeito positivo da espiritualidade. Tanto que os neurocientistas estudam os efeitos da fé no cérebro de monges budistas que praticam várias horas diárias de meditação. Estudos mostram que a satisfação ocorre quando as pessoas estão absortas em atividades que as façam esquecer de si mesmas, perder a noção de tempo e deixar as preocupações de lado. É quase uma sensação de fluir, segundo o psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, da Universidade de Claremont.
Há 30 anos, ele, que é um dos papas no assunto, explora tal estado mental de plenitude. “O mais óbvio componente da felicidade é a concentração intensa, que é a razão principal para a música, a arte, a literatura e o esporte sobreviverem”, diz. A melhor receita é enfrentar os desafios. “A única solução para se conseguir felicidade é buscar novas oportunidades para melhorar suas habilidades como pessoa e como profissional”, diz.
Uma tendência atual é a chamada “psicologia positiva”, que valoriza os talentos e as qualidades de cada um em vez das fraquezas. As pessoas em paz buscam crescimento pessoal, julgam a si e seus talentos sem se comparar com os outros. O resto é uma questão de respeitar – e valorizar – as diferenças.

Eles estão com a razão ou é você?

Woodrow WiIson da Matta e Silva

Perfil de Matta e Silva
Sábio e erudito pesquisador da Umbanda
Seu nome completo é Woodrow WiIson da Matta e Silva, que lhe foi dado em homenagem a um dos presidentes dos Estados Unidos (l9l5). Nasceu no dia 28 de junho de 1916, numa cidadezinha do estado de Pernambuco: Catende. O mesmo que Katendê¹ (Orixá do Tempo dos Nagôs), e de lá saiu para o Rio de Janeiro. Onde residiu.
Desde menino se dedicou às letras, tendo colaborado em revistas, jornais etc. Porém. somente em 1954 foi que começou a escrever sobre a Umbanda, tendo lançado em 1956 o livro “Umbanda de Todos Nós”, cumprindo uma ordem de seu mentor espiritual, Caboclo Velho Pajé. Praticou e estudou a mediunidade por mais de 40 anos como um iniciado. defendendo uma religião, uma doutrina. uma filosofia que é a Umbanda do Brasil.
Livros: Umbanda de Todos Nós; Sua Eterna Doutrina; Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho; Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda; Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda; Umbanda e o Poder da Mediunidade; Umbanda do Brasil; Doutrina Secreta da Umbanda; Macumbas e Candomblés na Umbanda.”
Entrevistar Matta e Silva é um privilégio raríssimo. Considerado um dos primeiros divulgadores de nossa doutrina no Brasil. Grande estudioso dos cultos afro, Matta e Silva é respeitado como intelectual e sério pesquisador das origens e mistérios da Umbanda.
Aqui estão respostas que consideramos de alto valor para elucidação dos leitores, podendo provocar aprovação e aplausos, como também causar polêmica e discordância. Mas, de qualquer forma, partindo de quem as produziu, deverão, não só fixar uma posição definida da filosofia do entrevistado, como também contribuir para o maior conhecimento de nossa religião.
Qual a origem da Umbanda?
A Umbanda tem dois lados: o esotérico e o exotérico, ou seja. o interno (esse que guarda o valor de seus fundamentos dos ritos secretos e que estuda e ensina sua ancestralidade através das raças etc.) e o externo, que é o lado que chamamos de “Umbanda Popular”, cheia de crenças, crendices, superstições e mitos onde misturam tudo, menos a mediunidade de fato.
A origem da Umbanda popular está aqui mesmo no Brasil, e surgiu no grito do Caboclo Curuguçu e no advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas e de outras Entidades Espirituais que, simultaneamente, surgiram em varios terreiros, revelando o termo Umbanda como bandeira de um novo movimento, em face da poluição espiritual, moral e da magia negra. Temos uma obra no prelo. que sairá em fins de julho – “Umbanda e o Poder da Mediunidade”, ampliadíssima, que define tudo isso, ponto por ponto.
Qual o valor do sincretismo entre os santos da igreja católica e os Orixás?
No sentido real. nenhum. Na vivência da Umbanda popular, serve como valor místico, sugestivo e relativo.
Como se explica a evolução da Umbanda no Brasil?
O povo tem conflitos. angústias e um sem número de problemas. Nenhuma religião vinha respondendo a seus apelos mais diretos e concretos. Como pagar a psiquiatras. psicanalistas etc.? Como pedir, desabafar, chorar? Só nos terreiros mesmo. É só encontrar Caboclo e Preto-Velho de verdade, que será consolado, compreendido, ajudado e curado. Daí é que tudo foi crescendo; os adeptos e os terreiros, já na base dos 150 mil, por esses Brasis afora.
A Umbanda é Espiritismo somente ou é também Doutrina Espírita? Qual a diferença?
A Umbanda não é e não incorporou nada. Diretamente, dessa Doutrina dita Kardecista. Reencarnações, reajustamentos (a Lei de Consequência, o mesmo Carma dos Orientais) pela dor, pela vivência humana, são pontos de doutrina tão antigos quanto os livros sagrados de todos os povos ou raças do mundo. Até entre nossos antiquíssimos pajés. Tudo isso era conhecido pela sabedoria dos Velhos. O TUJABAE-CAÁ. A diferença? Da água para o vinho. A Umbanda tem Iniciação, Ciência dos Ritos Sagrados, Magia, Metafísica e Filosofia inéditas (vide Doutrina Secreta da Umbanda).
Os rituais de Umbanda podem ser chamados de Magia Primitiva?
Os ritos da maior parte dos terreiros de Umbanda popular são ainda muito primitivos e fazem “coisas” que pensam ser magia.
A que se deve a discrepância de conceitos e ensinamentos encontrados na literatura de Umbanda?
Livros e mais livros têm surgido como literatura Umbandista. aos borbotões. Porém na sua maioria, são de narradores e aproveitadores e não de autênticos escritores-pesquisadores, sobretudo de escritores iniciados de gabarito, para ensinar a Doutrina de Umbanda do Brasil. Esses citados narradores e aproveitadores vêm com esse tipo de literatura, alijando a fé e o psiquismo dos que tem se apoiado nela. “Serão chicoteados nos ‘Tribunais do Astral”… Não perdem por esperar…
Sabendo que os Orixás são forças divinizadas da Natureza e que o sincretismo religioso foi o responsável pela sobrevivência do culto africano em nosso meio, como, hoje, poderemos nós estabelecer relação verdadeira entre os santos católicos e os Orixás, sabedores que somos da falta de contemporaneidade entre eles?
Os Orixás nunca foram considerados “forças divinizadas da Natureza” entre os Nagôs. Forças ou elementos da natureza são os íons. os elétrons, os prótons, os átomos, as correntes eletromagnéticas e, por extensão, os raios. os trovões, os ventos, as tempestades etc. Mas isso tudo não são os Orixás e nem forças no sentido de divinizadas, são elementos da Natureza, já ouvimos um Pai-de-Santo dizer na televisão que o Orixá Xangô era a pedra…
Orixás (ori – cabeça: xá ou sá – dono. senhor) sempre foram venerados entre os Nagôs como divindades (habitantes do Orun, isto é, do além, do astral superior), como Potências Espirituais; inteligências que comandam forças ou os elementos da Natureza. Esses ditos escritores “fajutos” vêm complicando tudo. Não há relação direta entre os santos católicos e os Orixás, pelo menos entre os principais Orixás, a não ser a título de ilustração esotérica: Yemanjá poderia ser O “Ànjo-de-Guarda” de Maria ou Myriam de Nazaré, a mãe carnal de Jesus.
Yemanjá seria seu “Anjo-de-Guarda”. No sentido de ser uma mentora Kármica superior: como a mãe do Eterno Feminino.
Como a Umbanda deve ver Exu?
Exu na Umbanda popular é tudo: diabo chifrudo, bicho-papão e outras coisas assim.
Em verdade, é um Espírito em função cármica disciplinar. Serve como agente intermediário, da Direita para a Esquerda, da Luz para a Sombra. Os Exus são uma espécie de Polícia de Choque no astral inferior; todos já passaram pela vida carnal.
A Umbanda seria uma religião milenar?
Sim. A Umbanda é uma religião milenar, sua raiz, ou seja. seu verdadeiro sistema está em todos os templos iniciáticos do mundo. desde os da Ásia Oriental, Índia, Egito etc. O sistema religioso e iniciático da Umbanda Esotérica é a mesma Ciência dos Magos de todos os tempos, quer fossem dos santuários da Lhassa. do Agharta e quer fosse praticado pelos Essênios do Mar Morto, quer o mesmo Tujabaé-Caá de nossos antiqüíssimos pajés, quer fosse ainda aquele praticado e ensinado pelos antigos Babalaôs.
Existe alguma semelhança entre os deuses da Mitologia e os Orixás?
Não.
Qual o verdadeiro significado do Orixá Omolu e por que a Umbanda o considera chefe de uma das Legiões de Exus?
Omolu, Xapanã ou Obaluaiê é um Orixá Divino. Tinha culto e sacerdócio próprios entre os nagôs. Era o único Orixá que tinha. Exclusivamente, o jogo de Búzios. Os outros Orixás não falavam por jogo de Búzios. Era considerado uma espécie de disciplinador cármico, referente às epidemias, às pestes ou às doenças de tipo coletivo. Já dissemos que na Umbanda popular misturam tudo; esse Omolu não é chefe de nenhuma falange de Exu ou de Legião deles.
Qual a diferença entre o médium consciente e o inconsciente?
Vide nossa obra “Umbanda de Todos Nós”. Ela explica e deline essa questão.
O que é a Magia? Como ela é vista na Umbanda?
Magia mesmo, não se deve explicar para os leigos e nem para o umbandista não iniciado. Na Umbanda Esotérica, Magia é um de seus principais vértices.
Qual a ligação da Umbanda com o Candomblé?
Muito pouco. Somente considerou alguns de seus orixás por serem termos sagrados desde suas origens, pelas Leis ou Ciência do Verbo, da Cabala original – ário-egípcia, onde os primitivos sacerdotes de alto grau da raça africana aprenderam quando estiveram radicados às margens do Alto Nilo, no Egito.
Como o indianismo passou a fazer parte e influenciar a Umbanda?
O chamado indianismo também contém verdades esotéricas, que não são privilégio dele. A Umbanda Esotérica repele 80% do que os livros orientalistas vem ensinando para o Ocidente.
Caboclos e Pretos Velhos são Espíritos de luz que para facilitar a aproximação cultural se identificam como tal?
E claro, são de alta sabedoria. O lema deles é saber se comunicar com o povo. Ou seja. Com os de menor ou de baixa cultura – os mais necessitados. Jesus praticava entre a plebe.
A Umbanda pode ser intitulada uma religião genericamente nacional? Seria então a de tão almejada cultura brasileira ou a cultura é uma só?
Sim. Ressurgiu aqui com um sistema e um propósito. Preservadora da antiga cultura religiosa e esotérica dos antigos mistérios.
Por que existem tantos rituais de Umbanda praticados em tantos lugares? A Umbanda é uma só ou existe mais de uma Umbanda?
A Umbanda verdadeira é uma só. A diversificação de conceitos e rituais vão por conta da ignorância de seus crentes, e muito mais dos falsos médiuns, mentores, dirigentes e exploradores dela.
Há teorias novas de vários autores, sociólogos e pesquisadores do culto, que diferem muito das suas, gerando “confusão”. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Cremos que certos autores e pesquisadores estão decalcando suas teorias das coisas que foram ver e observar nessa vivência atrofiada de terreiros sem base, por meio de um animismo desenfreado, difuso e confuso. Eles não são iniciados e nem revelaram ter cultura esotérica.
Não enxergam o trigo no meio do joio. Existe uma grande diferença entre o narrar fantasias, lendas e místicas doentias e o levantar e sustentar a filosofia de uma Doutrina, enfim, de um sistema religioso, espíritico, mágico, mediúnico e esotérico…
Essa é que é a verdade.
1 Segundo iniciados do mesmo, a data, o ano e cidade de nascimento, não esta correto, nossa função, (editor do site), é trazer a informação conforme a mesma foi publicada.
Fonte: JORNAL ARUANDA – Agosto de 1978
Postado por Umbanda Sagrada

Sal e Magia

O sal é a “substância cara aos deuses”.
Citação de Platão
Origens
Desde a Antiguidade que o sal é utilizado pelos homens e é considerado um bem muitissimo precioso. Consideravam eles que era uma dádiva dos Deuses, e associaram-na tanto á religião, quanto á bruxaria. Para além disso, o seu valor monetario e economico era comparável ao do ouro, da seda e das especiarias.
A palavra sal vem do vocabulário grego “hals” e “halos”, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra “halita”, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema.
Na Roma Antiga, a principal via de transporte chamava-se “Via Salaria” ou “estrada do sal”. Era por essa via que chegavam as caravanas que traziam o sal para a capital do Império, era por ela que os centuriões transportavam os cristais preciosos para a cidade. Como pagamento eles recebiam o “salarium”, que significava “dinheiro para comprar sal” e recebiam igualmente umas medidas de sal como pagamento de parte dos seus emolumentos. O sal tinha assim um valor economico como unidade monetária. O uso da palavra “salarium” perdurou ao longo dos tempos, reconhecendo-se o seu nome na raiz etimológica da palavra “salário” (do latim “salariu”, ou “ração de sal”, “soldo”).
Desde 2000 a. a. que o sal é usado como forma de preservar os alimentos, carne, peixe…
Se nos nossos dias encaramos o sal como um alimento perfeitamente comum, tão comum que a generalidade das pessoas nem lhe dá a mínima importância (a não ser para dizer que a comida está salgada ou sem sal!), as coisas nem sempre foram assim…
O uso do sal ao longo dos tempos e culturas:
Na Antigüidade, era oferecido aos deuses, era usado pelos sacerdotes tanto em liturgias religiosas como em cerimónias mágicas, como para afastar os demônios. Os assírios utilizavam-no nos cultos religiosos.
No antigo Egipto, o sal foi considerado matéria sagrada e era usado como produto sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses.
Os Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar o corpo dos faraós.
Os romanos consideravam o sal um simbolo de sabedoria, e por isso usavam-no num ritual aos recém-nascidos: derramavam sal sobre eles para que não lhes faltasse a sabedoria.
Os Romanos e os Gregos nos seus sacrifícios aos deuses do lar, deitavam Sal na cabeça do animal, para o purificar. Para eles o sal simbolizava igualmente a destruição e a infertilidade, daí a pratica dos romanos espalharem sal nas terras conquistadas: para elas se tornarem estereis para sempre. Era um sinal de perpétua desolação. Os Romanos tinham uma expressão para exprimir a infidelidade a uma amizade que era “trair a promessa e o sal”. Assim desde aqueles tempos a ausência de um saleiro sobre a mesa representava um presságio, tanto quanto o sal derramado.
Da prática ritualistica destes povos, bem como do povo hebreu, de salgar os sacrificios oferecidos aos Deuses, nasce uma superstiçao muito comum na Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora do sacrificio, prenunciava má sorte.
Para os hebreus, o sal era um elemento purificador. O sal sempre teve um grande simbolismo, sendo o simbolo da perenidade da aliança entre Deus e o povo de Israel.
No cristianismo, mantem-se a crença judaica do sal como purificador, assim no ritual de baptismo era colocado sal nos lábios dos recém-nascidos.
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Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o mercurio e o enxofre, sendo essencial á transmutação de metais. O sal continuava sendo indispensável para afastar os maus espiritos, os demónios e as bruxas. Assim, deitava-se sal na chaminé da casa para impedir os demónios de nela entrarem. E o facto de alguém comer alimentos sem sal era considerado altamente suspeito!!! Proliferaram igualmente as superstições relativas ao sal, mantendo-se a supertição de que desperdiçar sal era mau agouro, era sinal de malefício. Nesta época, o Sal separava senhores e servos, os que tinham dinheiro e os que não tinham…
Na obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), “A última ceia” retrata um saleiro derrubado diante de Judas e apontando na sua direcção. Já naquela época dizia-se, que algúem que entornasse sal deveria pegar nalgum do que foi derramado e lançá-lo para trás do ombro esquerdo, lado que representava o mal.
Os árabes citam recomendações de Maomé para: “começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males”.
O sal na bíblia:
Na Bíblia, as primeiras referências ao sal estão no Antigo Testamento, no Livro de Jó, com data estimada de 300 anos a.c., sendo que o A.T. o menciona com frequência, seja no contexto prático da vida, seja simbolicamente (significa nomeadamente pureza, incorruptibilidade, fidelidade). Em contrapartida no N.T. a referência ao sal torna-se metafórica. No sermão da Montanha, Jesus diz aos apóstolos “vós sois o sal da terra”. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra.
Algumas passagens biblicas:
No A.T., o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal.
Mas, o sal também trazia desgraça – um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes.
E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades destruídas pela ira divina.
No A.T., o sal era um simbolo importante da relação com Deus. Assim, o sal devia ser colocado em todas as ofertas e os manjares oferecidos a Deus deviam todos ser salgados com sal:
“E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar á tua oferta o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal” – A.T. Levitico 2:13.
Na Biblia encontra-se o termo “aliança de sal” designando uma relação com Deus que não pode ser rompida (aliança perpétua de sal)- Números, 18,11; Crônicas, 13,5.
“Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é esta, para ti e para tua descendência contigo.” – Números 18:19
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” – Colossenses 4:6
“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.”- Mateus 5:13
A actualidade do sal:
Foi e tem sido usado no esoterismo e bruxaria para afastar as energias ruins e os maus espíritos.
No sec. XVI, o sal foi abolido por Lutero no ritual de batismo da religião protestante.
No entanto, uso do sal perdurou no baptizado católico até 1973. Foi usado na liturgia religiosa dos baptizados de forma a simbolizar a expulsão do demónio (purificação), sendo igualmente o sinal de sabedoria sobre o recém-nascido.
Ainda hoje, na Páscoa Judaica, no Pessach, as batatas e os ovos cozidos são regados com água salgada. Tal simboliza as lágrimas derramadas pelos judeus na travessia do deserto, durante a fuga do Egito.
Para os gregos, hebreus e árabes o sal é considerado o símbolo da amizade e hospitalidade, sendo que na Arábia comer sal acompanhado é considerado uma acção sagrada.
No médio oriente acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas, formam um vínculo. Por isso, usa-se sal para selar um contrato
Em Marrocos deita-se sal nos lugares escuros para espantar os maus espíritos.
Em Laos e Sião, as mulheres grávidas lavam-se diariamente com água e Sal, para proteger-se contra as maldições.
Nos países Nórdicos, coloca-se Sal junto ao berço das crianças, para as proteger.
No Havaí, a pessoa que volta de um funeral polvilha sal sobre si mesma, para garantir que maus espíritos que rondassem o defunto não a acompanhem em casa.
No Japão, o sal “shio” é considerado um purificador. Os Japoneses têm a seguinte lenda: o grande Kami Izanakino-Mikoto, desejou que sua mulher fosse levada para um lugar distante, sentindo a falta dela e arrependido por ter feito aquele pedido, foi purificar-se nas águas do mar. Os japoneses têm o costume de deitar sal na soleira da porta de suas casas depois de alguém não desejado ter saído. Os lutadores de sumo, para a luta ser leal, deitam sal no ringue. Também se espalha sal no palco antes de uma apresentação para evitar que os maus espíritos joguem pragas sobre os actores.
O sal é amplamente utilizado no esoterismo, em vários rituais de magia, pois tem uma função purificadora, seja ele usado sozinho seja em conjunto com outros produtos.
“CULINÁRIA” MAGICA sempre a mão: o sal
O sal é aquele ingrediente “mágico” que ninguém pode dizer que não tem, que não sabe o que é, ou que é muito caro. Por isso a dona de casa pode ser uma grande feiticeira… mesmo que não seja grande cozinheira… Você pode optar pelo sal grosso ou marinho, no primeiro caso tem o inconveniente de arranhar a pele, no segundo tem a vantagem de conter elementos como iodo e magnésio que ajudam a relaxar e acalmar os ânimos.
Por isso… não esqueça o sal!
“Tempero” de limpeza da casa:
Copo de água com sal atrás da porta de entrada da sua casa.Coloque agua dentro de um copo de vidro e junte-lhe 3 pitadas q.b. de sal refinado.
Coloque o copo atrás da porta de entrada da sua casa e troque a água todas as semanas, deste modo a sua casa será limpa das energias negativas.
Banho de Sal Grosso – Banho de descarga simples
Este é o banho mais vulgarmente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência.
O seu elemento principal, o sal grosso, é um excelente condutor eléctrico e «absorve» muito bem os átomos carregados de carga negativa, a que chamamos íons. A função do sal é eliminar todas as energias negativas que aderiram à aura da pessoa. A água em união como o sal «lava» toda a aura, desmagnetizando-a de tudo o que é negativo.
A preparação deste banho é simples: basta, após um banho normal, banhar-se numa mistura feita com um punhado de sal grosso em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronal e frontal).
O porquê de não se poderem lavar os chacras superiores está ligado ao facto de serem considerados como a «coroa» da pessoa, tendo esta que ser muito bem cuidada, já que é o elo de ligação, através da mediunidade, entre o indivíduo e o plano astral superior.
Após o banho, a pessoa deve manter-se molhada por alguns minutos (cerca de três) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de humidade.
Algumas pessoas, depois deste banho, pisam carvão vegetal ou mineral, já que eles absorvem as cargas negativas.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos. Isto é, depois do banho de descarga é necessário tomar um outro banho de ervas, que podem ser aquelas que estão relacionadas com o seu Orixá ou com o signo do Zodíaco, ou com uma situação concreta da sua vida.
Fontes:  http://www.astrologosastrologia.com.pt/

Entrecruzamento vibratório

Como os Signos representam ou inspiram qualidades específicas das Vibrações Ancestrais, os Astros Celestes representam ou indicam princípios e funções gerais. Logo, esta interação entre Signos e Astros Celestes supõem uma dignidade ou debilidade, determinando a sua qualidade de ação, que será “administrada” por uma VIBRAÇÃO Ancestral, especializada para aquele fim. Por isto, quando ouvimos a expressão “cruzamento”, “encruza”, na realidade está-se referindo ao Entrecruzamento Vibratório das Vibrações Ancestrais.
Através do Aumbhandan, sabe-se que este Entrecruzamento Vibratório das Sete Vibrações Ancestrais ou Linhas de Umbanda é complexo, necessitando é claro, de uma coordenação, que é realizada pelos representantes destas Vibrações, que na realidade são as Falanges que conhecemos.
Da mesma forma que compreendemos esta relação de interdependência, através do esoterismo de Umbanda conhecemos a nominação desta coordenação, da seguinte forma:

ORIXÁFalange que intermedia
DE e PARA
VIBRAÇÃO Ancestral
Signo

ORIXALÁ
Leão
Sol
Caboclo Urubatão da GuiaOrixalá
Leão
Caboclo GuaracyOgum
Áries ou Escorpião
Caboclo GuaranyOxossi
Touro ou Libra
Caboclo AymoréXangô
Sagitário ou Peixes
Caboclo TupyYorimá
Capricórnio ou Aquário
Caboclo UbiratanYori
Gêmeos ou Virgem
Caboclo UbirajaraYemanjá
Câncer
OGUM
Marte
Áries
Escorpião
Ogum de LeiOgum
Áries ou Escorpião
Ogum MatinataOrixalá
Leão
Ogum Rompe MatoOxossi
Touro ou Libra
Ogum Beira MarXangô
Sagitário ou Peixes
Ogum de MalaYorimá
Capricórnio ou Aquário
Ogum MegaYori
Gêmeos ou Virgem
Ogum YaraYemanjá
Câncer
OXOSSI
Vênus
Touro
Libra
Caboclo Arranca TocoOxossi
Touro ou Libra
Caboclo ArrudaOrixalá
Leão
Caboclo ArariboiaOgum
Áries ou Escorpião
Caboclo Cobra CoralXangô
Sagitário ou Peixes
Caboclo TupynambaYorimá
Capricórnio ou Aquário
Caboclo JuremaYori
Gêmeos ou Virgem
Caboclo Pena BrancaYemanjá
Câncer
XANGÔ
Júpiter
Sagitário
Peixes
Xangô KaôXangô
Sagitário ou Peixes
Xangô Pedra BrancaOrixalá
Leão
Xangô Sete MontanhasOgum
Áries ou Escorpião
Xangô AgodôOxossi
Touro ou Libra
Xangô Pedra PretaYorimá
Capricórnio ou Aquário
Xangô Sete CachoeirasYori
Gêmeos ou Virgem
Xangô Sete PedreirasYemanjá
Câncer
YORIMÁ
Saturno
Capricórnio
Aquário
Pai GuinéYorimá
Capricórnio ou Aquário
Pai ToméOrixalá
Leão
Pai BeneditoOgum
Áries ou Escorpião
Pai JoaquimOxossi
Touro ou Libra
Vovó Maria CongaXangô
Sagitário ou Peixes
Pai Congo d’AruandaYori
Gêmeos ou Virgem
Pai ArrudaYemanjá
Câncer
YORI
Mercúrio
Gêmeos
Virgem
Senhor TupãzinhoYori
Gêmeos ou Virgem
Senhor OriOrixalá
Leão
Senhor YariOgum
Áries ou Escorpião
Senhor DamiãoOxossi
Touro ou Libra
Senhor DoumXangô
Sagitário ou Peixes
Senhor CosmeYorimá
Capricórnio ou Aquário
Senhora YaririYemanjá
Câncer

YEMANJÁ
Lua
Câncer
Cabocla YaraYemanjá
Câncer
Cabocla Estrela do MarOrixalá
Leão
Cabocla do MarOgum
Áries ou Escorpião
Cabocla IndayaOxossi
Touro ou Libra
Cabocla IansanXangô
Sagitário ou Peixes
Cabocla Nanan BurucumYori
Gêmeos ou Virgem
Cabocla OxumYorimá
Capricórnio ou Aquário

Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos seus sentimentos e harmonia nas suas ações, com prosperidade, força e minha benção.
THASHAMARAO eterno aprendiz
Fonte: http://www.paiantonio.com.br/