quinta-feira, 26 de abril de 2018

MENSAGEM DE SENHORA POMBAGIRA MARIA PADILHA

“Não olhe para mim como uma mulher sensual, que ri e se diverte bebendo champanhe.
Não olhe para mim como uma mulher de muitos homens que favorece seus caprichos e esconde sua verdadeira intenção.
Não olhe para mim como uma cúmplice de seus desequilíbrios e testemunha de sua ignorância quando atentas contra a Lei Maior.
Não olhe para mim pensando que eu venho a pular de alegria com o seu ego, quando eu venho é para trabalhar.
Não olhe para mim como uma mulher de palavras ruins, quando sua boca é dominada por emoções que não sabes enfrentar.
Não me veja como um espírito feminino que gosta de se vestir de mil cores, porque eu não me importo com aparências, sou o que sou.
Não confunda o seu entusiasmo em querer chamar a atenção com a minha personalidade.
Não olhe para mim à procura de pretextos para atrair alguém que lhe interessa, não estou para brincadeiras sexuais travestidos de suposta sensualidade.
Não olhe para mim com a cara de fome, oferecendo sacrifícios de animais em troca de favores efêmeros e infantis. Não bebo sangue, o animal não me interessa, não sou das trevas, sou da luz trabalhando para Deus na escuridão…
Não olhe para mim pensando que sua loucura e descontrole ao incorporar é a minha suposta manifestação. Aprenda que é você o responsável por obter manter suas emoções ocultas no dia-a-dia.
Não olhe para mim supondo que eu vim para mostrar minha beleza. Eu não sou uma boneca de pano para a qual você pode vestir como quiser. Eu vim para trabalhar, não para competir contra estupidez.
Não olhe para mim como um produto que você vende para os iludidos, procurando tirar dinheiro de seus caprichos, desespero e desequilíbrios. Eu sou um instrumento divino, que não tem valor monetário. Faço caridade, não negócios.
Não olhe para mim como uma ex-prostituta, ou uma mulher de má fé. Sou um ser que trabalha nas trevas, a favor de Deus, pois assim ele desejou, não pelo que eu fui.
Não olhe para uma Pombagira supondo ser uma mulher de Exu, e que tem um filho que se chama Exu Mirim. Somos mistérios separados trabalhando pelo bem da humanidade.
Não olhe para uma Pombagira como um espírito que depende de sangue, de bebida, anéis, braceletes, vestidos, maquiagem, perfume, sapatos, etc, etc… Não sou marionete de teu ego, nem de tua mediocridade. Não vim para adornar seu corpo, como se você fosse um manequim. Estou aqui para demonstrar a simplicidade e determinação do Criador em suas ações.
Não olhe para uma Pombagira como uma degustação de milagres baratos que se pagam com lágrimas e gritos de animais sangrado entre falsos centros e falsos espíritos… O melhor milagre é que despertes do sonho do carnaval profano que chamam de gira ou sessão, e se volte para a realidade onde a Lei Maior e a Justiça Divina trabalham a favor da humanidade.
Pombagira é um instrumento de Deus, um mistério que executa as ações da Justiça Divina.
Pombagira não é o escândalo que se veem nas manifestações de alguns médiuns ególatras mergulhados na ilusão
Pombagira vai além da aparência. Estende-se à vontade do ser humano, à vontade do Criador, no estimulo da evolução, da expansão de consciência, da maturidade mental e emocional…
Pombagira transita pelas trevas lutando contra seres que perturbam a Luz.
Pombagira merece respeito, por isso venho hoje passar essa mensagem.
Para que pares, reflitas e olhe ao seu redor e pergunte:
O que você faz com a sua Fé?
Um circo de ignorância ou uma demonstração de respeito pela religião?”.
Boa noite e Axé a todos!
Pombagira Maria Padilha (Recebido espiritualmente por J.U. – Retirado do site Umbanda Sagrada)

Tambores – Um pouco de história

Origem
Tambores são tão ancestrais quanto o próprio homem. Os primeiros foram criados e manuseados ainda na Pré – História, com o objetivo de cultuar Deuses e como forma de agradecer a comida conseguida por meio da caça aos animais.
Milênios se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e a cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio – econômicos de cada época. Imagens, cerimônias, mitologia, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques, são expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade.
O homem pré – histórico acreditava que a pele de sua caça esticada em troncos de arvores reproduzia o choro do animal morto. E foi com esse sentimento de gratidão que passou a consagrar a morte de sua caça. Pode – se dizer que esse foi um dos princípios da manifestação religiosa do homem e a origem dos tambores. O toque do tambor revela a arte de conectar – se com a Mãe Terra e com nosso eu interior, sintonizando nosso coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível, constatando nossa ancestralidade e todos os reinos da Natureza.
Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita – se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de arvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação de roupas e outros objetos, percebeu – se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos dependem dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu. São típicos nos cultos afro – brasileiros; na dança, nos pontos cantados, no transe.
Em sua fase mais primitiva, a manifestação religiosa do homem tinha como base principal o contato com as divindades – o transe.
A musica e a dança sempre foram os principais feradores dessa comunicação com os Deuses. Alguns historiadores e antropólogos do século vinte destacaram a idéia de que a maneira utilizada para se chegar aos conhecimentos místicos em religiões primitivas, esteve sempre associada ao êxtase ( o transe ) provocado pelo toque do tambor. Esse instrumento seria então o responsável pela comunicação entre o homem e as divindades – seres responsáveis pelo comando da Natureza em nosso planeta.
Mesmo nas religiões mais antigas, o toque dos tambores também foi utilizado não somente para o culto às divindades, mas também como forma de manter contato com os espíritos dos mortos.
Tão comum nas religiões primitivas, segundo a Bíblia, essa pratica foi “proibida por Deus” aos filhos de Israel. Isso acabou por gerar, ao passar do séculos, que a crença dos mais antigos – o fato do tambor constituir – se em instrumento sagrado, e que seu toque fosse utilizado como forma de contato entre os homens e o mundo invisível, pertencente às divindades e aos espíritos dos ancestrais, fosse uma simples superstição.
Por que o tambor foi excluído em narrativas da Bíblia com relação às cerimônias religiosas.
Foi proibido ao povo de Israel tudo aquilo que era praticado anteriormente à revelação das leis, como o uso de bebida forte, o adultério, a utilização de escravos, entre outras praticas. O tambor e as danças eram utilizados em cerimônias festivas. Mas, segundo relatos da Bíblia, quando Davi decidiu erguer um templo para Deus. Este determinou quais instrumentos poderiam ser utilizados: címbalo ( dois meios globos de metal, percutidos um contra o outro ), alaúde ( antigo instrumento de cordas de origem oriental ) e harpa.
Apesar disso, Deus não proibiu a utilização do tambor em outras cerimônias e celebrações.
Há uma outra explicação de religiosos que, de certa forma não aceitam e até discriminam a utilização de tambores em cultos religiosos, a de que o som da percussão teria a capacidade de tirar do homem a consciência e o juízo, portanto, esse instrumento deveria estar fora do culto, que necessita da “lucidez da mente” para o conhecimento de Deus e de sua vontade revelada.
Os Tambores na África
Nas sociedades africanas, a tradição oral é o método pelo qual histórias e crenças religiosas são passadas de geração em geração, transmitindo elementos de uma cultura. Uma parte integrante da tradição oral africana é, sem duvida, a dança e o canto, e o mais importante instrumento musical africano é o tambor, em diferentes tamanhos e formas e para diferentes fins.
O tambor é utilizado para enviar e receber mensagens espirituais, e é essencial na preservação da tradição oral. Na religião africana de culto aos Orixás e Ancestrais, é considerado sagrado, e seu tocador é classificado como um comunicador oral. Aquele que toca o tambor é um orador e um comunicador de mensagens sagradas.
No ritual religioso, os tambores são o inicio de tudo, sempre representaram papel muito importante na cultura africana. Existe um antigo provérbio que diz: ” Quando os tambores são tocados, eles não mentem “.
O ‘ Djembe ‘ é possivelmente o mais influente e a base de todos os outros tambores africanos, e remota há pelo menos 500 anos d.C. é um tambor sagrado utilizado em cerimônias de cura, rituais de passagem, culto aos ancestrais e ainda em danças e socialmente.
Os Tambores Batá
A origem dos tambores Bata remonta há mais de 500 anos, e sua história sobreviveu juntamente com o povo Yorubá, que chegou à América como escravo, mostrando a profundidade dessa religião e cultura, das quais é parte importante. O tambor Bata faz parte da prática religiosa chamada de “Santeria”, desenvolvida em Cuba e nos EUA, com influencia principal da religião tradicional Yorubá, mas também de outros grupos étnicos, como os de língua Bantu, da região do Congo.
Os tambores Bata podem falar, e não no sentido metafórico, podem realmente ser usados para recitar preces religiosas, poesias, saudações e louvores. Em Cuba, são utilizados em todas as cerimônias relacionadas ao Orixás, e recebem o nome de ‘ Bata de Fundamento’. Sua fabricação e consagração requerem toda uma força espiritual, que é inserida dentro de seu cilindro de madeira. Ao ser consagrado, recebe o nome de ‘ Ayàn ‘.
Tambores em rituais Indígenas Brasileiros
Um dos mais importantes instrumentos sonoros das culturas indígenas do Brasil, por se relacionar com o lado pratico, musical e religioso, é o tambor. Existem os tambores de madeira, tambores de tábua, tambores de tronco escavado, feitos e moldados a fogo.
Alguns tipos de tambores indígenas:
a.. Tambor Catuquinaru: Instrumento de sinalização.
b.. Tambor de Fenda: Feito de uma tora de madeira e escavado por meio de pedras incandescentes.
c.. Tambor de Carapaça: Feito de Carapaça de tartaruga.
d.. Tambor de Cerâmica: Consiste num vaso de barro, tendo abertura fechada com couro. É um velho elemento de civilização, talvez representando um dos mais antigos tambores do mundo.
e.. Tambor de Pele: Confeccionado com um cilindro de madeira, geralmente fechado de um lado só. A fixação da pela é feita com cipós, por meio de compressão.
Há muitos templos de Umbanda que * Os tambores feitos de tora de madeira tanto existem nas tribos brasileiras, quanto entre populações da África e Oceania. Também os tambores de cerâmica podem ser encontrados na África.
A Orquestra do Candomblé
A orquestra do Candomblé é constituída por atabaques, agogôs, cabaças e chocalhos. Os atabaques são três, em tamanhos diferentes: Rum (maior), Rumpi (médio) e Lê (menor). Existe também o Agbé ou piano de cuia, o Adjá e o Xeré, este último só é usado em festas para Xangô. Os tocadores tem um chefe denominado de Alabê. Os atabaques são considerados essenciais para invocação dos Deuses.
Utilização dos Atabaques na Umbanda
Não se utilizam de atabaques em seus cultos. Se voltarmos ao inicio, quando a Umbanda foi anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não havia a utilização de tambores, apenas cânticos. O ritmo era mantido com o bater compassado dos pés no chão.
Atualmente, a explicação para muitos temploes manterem essa formação sem tambores nos rituais de Umbanda é a de que os atabaques e o seu som percutido levam o médium a um processo de transe anímico, ou seja, estimulam o atavismo, a lembrança ancestral, o afloramento do subconsciente do médium, o que pode dificultar a atuação das Entidades Espirituais. Até mesmo as palmas, em muitos locais são dispensadas.
Os atabaques utilizados nos templos de Umbanda servem como ponto de ligação e louvação aos Orixás e Guias de Umbanda. Dão ritmo aos cânticos e criam fortes vibrações para a chamada e descida das Entidades que estarão ali trabalhando. Da mesma forma, são utilizados no acompanhamento rítmico das cantigas de ” subida “, ao termino das sessões.
Há todo um preparo e consagração desses tambores para que sejam utilizados no rituais umbandistas, igualmente aos Ogans e Alabês, responsáveis pelos toques. O uso dos atabaques surgiu na Umbanda, acredita – se, por influencia dos cultos de origem africana, em especial o de origem Bantu ( Angola ), em que os tambores são percutidos com as mãos, diferentemente dos Candomblés de Nação Keto, que utilizam varetas, chamadas de ” Akidavis “.
Após a anunciação da Umbanda, a fundação da Tenda Nossa Senhora da Piedade e todas as outras determinadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, houve um período em que alguns lideres religiosos e intelectuais foram a África no intuito de pesquisar as origens da ancestralidade africana da Umbanda, em contraponto à chamada Umbanda Esotérica, que identificava as origens da Umbanda em antigas culturas orientais. Trouxeram para a Umbanda praticas utilizadas apenas em cultos de origem africana, como o toque dos atabaques.
A Formação da Corimba de Umbanda
A chamada ” Corimba ” é formada pelos Ogans, responsáveis pelos toques que chamarão e receberão as Entidades em Terra, que irão trabalhar na Gira de Umbanda, e pelos cantores, que puxam os pontos cantados – cânticos de descida e subida. É o conjunto musical da Umbanda, responsável pelo inicio e término dos trabalhos.
É pelo toque dos atabaques que se faz a conexão com o Mundo Espiritual, permitindo assim que os Guias realizem seus trabalhos nos templos de Umbanda, por meio dos médiuns ali presentes.
O Poder dos Tambores Indígenas
Na cultura dos índios americanos, os tambores são objetos sagrados, usados pelo Xamã ( líder espiritual ) na cerimônias de cura. Também servem para proteger o ambiente.
De acordo com os princípios do Xamanismo, cada pessoa tem um bicho de poder que o acompanha por toda a vida. Para descobrir qual é o animal de cada um, é feita uma jornada xamânica em que a pessoa relaxa ao som do tambor e visualiza a imagem do bicho. Feita a descoberta, o animal é então pintado no tambor.
Os nativos norte – americanos associam o toque do tambor às batidas do coração da Mãe – Terra e também ao som do útero. O tambor dá acesso à força vital através de seu ritmo. É a canoa que leva ao mundo espiritual, o instrumento que faz a comunicação entre o Céu e a Terra. É usado para ativar e curar o nosso espírito, alinhando – se com a vibração do nosso coração e com a Mãe Terra. Cada tambor tem seu próprio som, sem igual. Usado em cerimônias, danças, canções e para celebrar.
Os Tambores Xamânicos
Os tambores xamânicos existem há pelo menos 40 mil anos em todas as cultuar tradicionais do planeta. Está associado à direção Sul, ao arquétipo do Curador, ao elemento Terra, às criaturas de Quatro Patas e com a qualidade da Cura. É utilizado para produzir diversos tipos de ritmos com finalidades diferenciadas, desde a musica para a celebração e a dança até o toque constante, que leva ao transe profundo ou ao frenesi coletivo.
Muitos Xamãs usam seu tambor para realizar diversos tipos de cura, como o resgate de uma alma perdida ou sair viajando por outras dimensões do ser em busca de visões e conhecimento. Durante as experiências são comuns as visões de Animais de Poder, Aliados Espirituais, ou outras visões de poder ou de cura.
O som do tambor facilita a conexão de qualquer pessoa com o seu mundo interior e com todos os ritmos de seu corpo, produzindo um estado de relaxamento, de equilíbrio e ampliação de consciência, proporcionando assim uma conexão e harmonização com os ritmos planetários e cósmicos.
Para os que praticam os Rituais Xamânicos – religião oriunda de povos asiáticos e árticos, pratica filosófica e de cura encontrada no mundo todo – , as batidas do tambor são como as batidas do coração da Mãe Terra.
O tambor representa a própria cultura xamânica, unificando – a e aproximando as comunidades. Costuma ser utilizado em diferentes ocasiões, como casamentos e funerais, e em todas as reuniões dos povos nativos, criando uma aura energética que possibilita a conexão com o Mundo Espiritual. Também são utilizados por curandeiros, em rituais de cura.
Fonte: Revista Espiritual de Umbanda

“A Prova do Meu Avô”

Não é novidade para ninguém que no tempo do cangaço ocorria muitos crimes tanto provocados pelos cangaceiros de uma forma geral, quanto pela polícia, pelo coronelismo da época. Neste tempo havia muitas desovas no sertão da caatinga, várias pessoas foram assassinadas e jogados seus corpos nas areias quentes do sertão e quantas delas não clamaram por justiça. Meu avô viveu nesta época, homem muito religioso não acreditava de forma alguma no sobrenatural, na possibilidade do contínuo da vida após a morte. Minha avó foi vitima desse preconceito, moça jovem na época, possuía uma mediunidade agressiva, o dom da vidência, conversava com os espíritos como estivesse conversando com os vivos, meu avô homem xucro,simples, sem muita cultura, não acreditava, e por mais que a amava já estava voltado a interna-lá em uma casa de loucos como era chamada na época. Minha avó não sabia de nada disso, mas havia sido alertada pelos espíritos do planejado e do aconselhamento de familiares e amigos de meu avô. Certo dia, acordou preparou a mesa do café e disse a ele: – Hoje irei provar a você, que existe vida após a morte. Ele desdenhou. E ela continuou. – Hoje você a noite terá que atravessar a caatinga, tome cuidado e preste muito atenção no seu animal (que era o cavalo). Ele ficou quieto, meio injuriado e saiu. Chegando a noite se despediu dela e se foi, quando estava já no meio da caatinga, em pleno breu da noite, só a luz da lamparina iluminava a ele, seu cavalo empacou como se visse uma cobra ou algo perigoso, ele iluminou em volta e não viu nada, mas subiu um calafrio gelado em sua espinha, e nesta hora lembrou das palavras de minha avó. De repente, olhando a frente, viu uma luz, branca, do tamanho da luz de um vagalume vindo em sua direção, e essa luz foi aumentando.. aumentando..até virar um círculo de luz, no centro uma figura, quando a mesma foi se aproximando uns 15mts de distância dele, pode observar que a figura era um espectro, um esqueleto vindo em sua direção. Na hora se armou com a espingarda, por mais que soubesse que aquilo não iria se intimar com balas, e a única coisa que conseguiu fazer, porque o medo fora muito grande foi chamar pela providência divina de Nossa Senhora e começou a rezar o credo, e aquilo simplesmente formou-se uma nuvem acinzentada e desapareceu, depois disso nunca mais duvidou da mediunidade da minha avó. Meu avô foi um homem honrado, criou vários filhos e sua palavra era sua honra e moral, e essa história tive o privilégio de ouvir de sua boca, o qual jurava ser verídica, jurava pelo seu nome e pela sua honra de homem. Sempre nos orientava a nunca debochar do que não conhecemos e principalmente que há várias moradas do senhor. E o mais importante aliviado de saber que minha avó não era louca, pode salva-lá da internação e viveu com ela feliz por mais alguns anos. Algo que sempre observei esses fenômenos paranormais, espirituais costumam acontecer com pessoas sempre em duas situações particulares uma – pessoas de muita fé, abertas espiritualmente ao contato, e outra – pessoas de nenhuma fé, as quais acabam descobrindo e despertando sua fé de uma forma completa e evidente.

ACONTECEU NUMA GIRA DE EXÚ

Olha o que vou relatar aconteceu em um terreiro, uma situação complicadíssima.
Em um terreiro todos sabem que cada médium tem suas obrigações e responsabilidade em relação a corrente, nesta casa a mulher do zelador que não é médium de incorporação ela é responsável por tudo, o pai de santo em questão só aparece na hora da gira vamos colocar assim, ela que faz o amaci para todos tomarem na hora da gira, é ela que prepara as comidas de santo etc, só que tem um porem essa senhora é extremamente grosseira, não trata bem os médiuns e fica de conchavo falando de um para o outro. Pois é… só que na ultima gira de exú aconteceu algo inusitado, começaram os trabalhos e o zelador firmou noseu exú e ele não veio de jeito nenhum, canta e canta os pontos e nada, mas nesse desenrolar os exú e pombogiras dos outros médiuns começaram a vir, só que extremamente nervosos e grosseiros, só para vcs terem ideia e peço desculpas da forma como vou expor mas vou colocar na íntegra de como aconteceu, uma pombogira cigana de uma dasmédiuns veio e disse assim “…. cadê aquela FDP que só fala merda…”, só para vcs terem ideia do nível que foi, nessa todos os exús começaram a agredir a mulher do zelador, a maltratando, em plena gira, com assistência vendo tudo, foi um pampeiro só. Inclusive segundo consta tinha dois zeladores que estavam lá para assistir o trabalho e se levantaram e foram embora desacreditando no que havia acontecido e que nunca tinham visto tal coisa. Detalhe tá, os outros médiuns que não estavam trabalhando ficaram gargalhando, achando tudo maravilhoso porque a tal mulher estava sendo ridicularizada.
*A pergunta que fica no ar, porque o exú chefe da casa não se manifestou?
*Será que essas entidades que estavam em terra eram realmente exú e pombogiras, ou simplesmente um complô armado, com médiuns anímicos em extremo e sugestionados que usaram da roupagem de exú para falarem o que tinham vontade?
Ou se tinha realmente espiritos em terra poderiam ser quiumbas?
Será que esses médiuns mediram as consequências de seus atos, porque independente do que estaria acontecendo nos bastidores, estavam diante do altar e na casa de Orixá, será que com esse ato não desrespeitaram as entidades da direita? Quais as consequências?
Qual seria na opinião de vcs a melhor atitude desse zelador?
E normal, certo exús e pombogiras agredirem moralmente uma pessoa, será que exús e pombogiras realmente se comportam dessa forma ou não?
Esses médiuns serão punidos pelo espiritual, medindo-se as leis de causa e feito, ação e reação?
Será que as pessoas estão sabendo distinguir um Quiumba de um Exú de lei, de um guardião?
Bem pessoal, esse foi um caso verídico e que infelizmente vemos acontecendo em várias casas de formas diferentes mas com gravidade semelhante. Acredito que essas questões darão um bom debate onde também trará muita reflexão.

Ogum Matinata


Ogum Matinata vibra, originalmente na linha de Ogum sem cruzamentos, é
a linha puro do Orixá Guerreiro.
Ele é defensor dos campos onde são feitas as oferendas para Oxalá,
bem comuns em colinas floridas e montes.
Ogum Matinata raramente é observado em um trabalho de incorporação
mediúnica, pois são pouquíssimos Médiuns que o tem como guia, pelo
fato de ser uma incorporação um tanto complicada, sendo um Médium com
Ogum Matinata na coroa, esse Médium tem que estar extremamente
desenvolvido para tal.
As cores de Ogum Matinata são branco e vermelho, predominando mais
o branco.
Suas oferendas devem ser sempre entregues em campos com muitas
flores. Além de guardar as oferendas de Oxalá, vibra diretamente
com o mesmo.
Saravá Ogum Matinata!!!

Hemorragia espiritual

Sentia fraqueza.  Mais que isso, lassidão.  Dores nas pernas, inapetência… Vontade irresistivel de amontoar-se num canto, descansar…
        Foi ao médico.
O exame de sangue revelou a causa: anemia.
Outros testes identificaram a origem: imperceptível e persistente hemorragia intestinal, produzida por ulceração indolor.
Por ali derramava-se sua vitalidade.
Algo semelhante ocorre com a vítima da obsessão simples.
Assimilando as sugestões do obsessor relacionadas com a saúde, os negócios, os sentimentos ou envolvendo problemas existenciais, o obsidiado passa agir sob forte tensão, perdendo energias como se sofresse uma insidiosa hemorragia espiritual.
Por outro lado, há Espíritos presos às impressões da vida material que literalmente sugam as energias de suas vítimas com o propósito de se revitalizarem.
Resultado:
Esgotamento nervoso, caracterizado por palpitações, angústia, dificuldade de concentração, desânimo.  O obsidiado experimenta a sensação de carregar sobre os ombros os males do Mundo.
Alguém informa:
-É encosto!  Procure o Centro Espírita.
Definição equivocada.  O obsessor não está “encostado” em sua vítima.  Apenas pressiona seu psiquismo pelo pensamento, explorando-lhe as mazelas.
A obsessão simples origina-se, não raro, na influência exercida por Espíritos que não intentam prejudicar.  Perplexos no Além, recém-chegados das lides humanas, agarram-se às pessoas com as quais tenham afinidade, particularmente familiares, impondo-lhes o reflexo de seus desajustes.
Sustentam, assim, o que poderíamos denominar “obsessão pacífica”.
Acompanhando o “encostado” são beneficiados no Centro Espírita, onde ouvem preleções nas reuniões públicas ou são encaminhados às reuniões mediúnicas que funcionam à maneira de prontos-socorros, desfazendo-se a ligação.
Por essa razão ouvimos frequentemente comentários assim:
-Eu me sentia péssimo quando fui ao Centro.  Idéias infelizes, horrível sensação de opressão.  Agora estou muito bem.  Foi como se tirassem com a mão.
Fonte:
Quem tem medo da obsessão – Richard Simonetti
A vida escreve – Hilário Silva- Chico Xavier/Waldo Vieira

O leão de São Jerônimo – (não é para menos ser associado a Xangô)

A narrativa inserta na revista é sobre o Leão de São Jerônimo:” Certa vez, nas margens do Jordão, meditava São Jerônimo.Nisto, um forte leão, alentado e valente, aproximou-se do Santo, arrastando a pata, atravessada por um espinho horrível. São Jerônimo, pacientemente, tirou o estrepe e o bravo rei dos animais, reconhecido a seu benfeitor (diferente de muitos homens) nunca mais o abandonou; e, quando o seu santo protetor morreu, deitou-se sobre a sua sepultura e acabou os seus dias sobre a campa, morto de fome”. Este caso é muito semelhante ao do Cão de Macaire, e ao de Daniel. Aceitamo-lo tal como reza a estória.Mas se raciocinarmos sobre o ocorrido, não podemos deixar de admitir uma influência do Alto, guiando o leão aos pés do Santo, para que este o curasse. Está claro que um leão bravio não poderia saber se um homem, em vez de o matar, extrair-lhe-ia um espinho da pata, se não fosse disso intuído ou guiado por alguém. E esse alguém deveria ser provavelmente um ser espiritual, encarregado de auxiliá-lo. Nesse ponto ainda o Espiritismo vem fazer muita luz, afirmando que os Espíritos, por menores que sejam, nunca são desamparados por Deus, que lhes concede protetores espirituais, que os auxiliam na jornada da vida, e, se sofrem injustiças, estas partem sempre de homens de dura cerviz, que não cultivaram O Amor e não obedeceram a Lei. O quadro que a Ave Maria estampou, demonstrando o espírito de súplica, a gratidão, o amor que o leão exemplificou é, pois, a afirmação categórica de que no leão, como em São Jerônimo, a alma se patenteia acima dos instintos inferiores, manifestos no corpo; a troca de sentimentos de compaixão, de sentimentos afetivos, de amor, finalmente, salienta-se tanto no Santo como no leão, com a diferença de grau e quantidade; este volume aumenta gradativamente, de acordo com os conhecimentos que se vão adquirindo e à medida que a alma vai crescendo em sabedoria e em moral.
(SE PARARMOS PARA ANALISAR ENTENDEMOS PERFEITAMENTE DO PORQUE DO SIMBOLISMO, E DO PORQUE DO SINCRETISMO DE SÃO JERÔNIMO ASSOCIADO A XANGÔ, CUJO LEÃO REPRESENTA A FORÇA DA ESPIRITUALIDADE MAIOR) BY CRIS)

Você sabe distinguir um espírito de luz de um das trevas?

Acreditamos que Deus dá oportunidade a todos os espíritos de forma igualitária, mas lhe deu também o livre arbítrio, o direito de ir e vir, de fazer escolhas e escolher caminhos. Segundo os mais velhos Deus em sua infinita bondade nos dá dois caminhos a percorrer o do bem e do mal, de acordo com nossas inclinações optamos por um desses.
Os espíritos passam por muitas e muitas etapas de evolução existenciais, Deus em sua infinita bondade sempre proporciona aos espíritos o direito: a reforma, a redenção, ao perdão. O caminho da luz está lá, mas não é tão fácil chegar, as vezes não nos perdoamos, não nos achamos merecedores, o mal as vezes vicia, ao contrário do caminho que leva o espírito a perdição que muitas vezes parece-lhe receptivo e cheio de oportunidades.
Observem essa história:
Maria Tereza, moça bonita, em sua existência terrena, o que tinha de beleza tinha de malícia e maldades contra sua prima Quitéria, ao contrário de sua prima Quitéria uma moça simples, prendada, bondosa por natureza. Maria Tereza talvez pelos opostos de sintonia se incomodava profundamente com Quitéria, não a deixava um minuto em paz, lhe pregando peças, quando não lhe agredindo verbalmente e fisicamente. Mas o destino pregou uma peça a Maria Tereza, a acometendo de uma grave doença, que lhe tirou a vida. Muitos anos se passaram, Quitéria havia se casado, tido filhos, e estava de resguardo do parto de seu último filho.
Certa manhã, Quitéria ainda se resguardando do parto, estava meio sonolenta quando sentiu um frio profundo, gélido penetrar em seu aposento, preocupada com o filho que poderia estar descoberto e com frio, despertou, e quando foi para sua surpresa se deparou com o espírito de sua prima Maria Tereza, assustou de imediato. Maria Tereza, era uma sombra da moça bonita que havia sido em outrora, com os cabelos desgrenhados e  sobrepostos ao rosto, quase não conseguia falar, apenas murmurava, quando Quitéria pode lhe ver o rosto havia em um dos lados do rosto de Maria Tereza uma ferida enorme, que exala um cheiro forte de carne podre, o frescor de sua juventude já havia sido extinguido.
Quitéria não tinha medo de espíritos, mas eles sempre lhes surpreendia, médium vidente nata, sempre se deparava com seus amigos espirituais. Quitéria, extremamente emocionada lhe perguntou: – Prima, o que houve com você? Maria Tereza, chorando muito lhe disse: – É o peso dos meus pecados e de minhas maldades, que você vê refletido em meu espírito. Quitéria muito amorosa, lhe pergunta se pode lhe ajudar a atenuar tamanho sofrimento, ela então lhe diz: – Ah … Quitéria, você tão amorosa comigo, mesmo depois de tantas maldades que lhe fiz? Amada prima, preciso do seu Perdão, e que ore por mim.
Quitéria sem titubear, coloca se de joelhos no chão e lhe responde: Se és do meu perdão que necessitas, ESTÁ PERDOADA, nunca lhe quis mal minha prima, que a Virgem Santíssima Imaculada lhe acolha em seus braços, e ali se colocou em joelhos e fez uma linda prece. As duas rezaram juntas naquele momento. Quando de repente Quitéria olha para prima, suas chagas haviam sumido, e ela se despedindo foi sumindo e dizendo: – Graças dás, graças tem. O perdão salva almas.
Nesse exato momento, quando sua prima já havia desaparecido, lhe aparece no quarto um moleque negro, com um semblante de muita maldade, dizendo: tiraste ela de mim, agora tirarei seu menino de tu. Quitéria desesperada, grita, quando que entra em seu quarto, vosso marido, e nada mais havia lá.
Seu marido intrigado e desacreditando nela, achou que estava sonhando.
Quitéria morava no sertão, a vida difícil cobra muito da saúde de suas mulheres. Após o ocorrido, Quitéria cai de muita febre, as rezadeiras informam que infelizmente estava com o mal do 7o. dia, Quitéria falece. Seu bebê logo em seguida, sua vida ainda frágil não resiste a falta do aleitamento da mãe, e por não aceitar leite algum, também morre de fome.
Segundo os filhos contam, o espírito de Quitéria sempre vinha ver seus outros filhos em dada hora da noite, se mostrando como uma linda chama de vela que percorria os leitos como que abençoando-os, quando seu esposo casou novamente ela apareceu mais uma única vez e depois não a viram mais. Acreditam que o espírito da mãe após ver que seus outros filhos seriam cuidados, descansou e seguiu. Amor de mãe, está ai uma coisa que nem a morte separa.
(História baseada em fatos reais)
A alguns detalhes bem interessantes na história de Quitéria e Maria Tereza, os espíritos negativos, densos, costumam plasmar em suas roupagens espirituais, verdadeiras chagas, se mostram magros, muitas vezes sujos, com roupas rasgadas, até nus, muitos devido o peso de vossos espíritos nem forma humana mais apresentam, outros se mostram como espectros, seres deformados, sombrios, nem lembram mais que um dia foram humanos. Um médium com dons olfativos sente odores fortemente fétidos quando se deparam com espíritos nesse estágio.
Alguns desses espíritos são extremamente agressivos, há relatos de casos já confirmados, de evidências em lugares que ocorreram crimes, mortes, assassinatos cruéis, onde residiam assassinos, estupradores, lugares assombrados por seres das trevas, que mesmo depois de mortos assombram os vivos. Esses espíritos nesse estágio podem provocar danos terríveis caso encontrem um hospedeiro, inclusive escolhem a dedo, ex.: um drogado, viciado em drogas é feito de copo por espíritos que em vida fizeram uso de entorpecentes e de álcool. Mas há aqueles que devido a muito sofrimento, procuram as casas espirituais para cura, para o perdão, muitas vezes por falta de conhecimento de alguns dirigentes e médiuns não são tratados de acordo, são simplesmente expulsos, principalmente em casas que já estão sendo conduzidas por espíritos mistificadores se passando por espíritos de luz, nesses casos o espírito ainda prorroga ainda mais o sofrimento. Mas quando encontram uma casa movida pela luz, ali conseguem a cura para seus  maléficos. Médiuns quando virem um espírito assim, não temam, vibrem utilizando o chakra do coração, AMOR, o amor é o maior bálsamo que existe para a cura de espíritos adoentados.  A muitos mentores de luz que trabalham no resgate desses espíritos que se arrependeram e imploram por ajuda. Sempre nesses momentos clamem por seus mentores para vir lhes auxiliar.
Médiuns toda manifestação espiritual deve ser tratada com Amor, mesmo que aquele espírito se apresente com ódio, raiva, ofensas, nós como Umbandistas devemos entender que não estamos ali para julgar e sim para AMAR, e facilitar com nossos bons pensamentos, orações e magnetismo a cura desses irmãos necessitados. O trabalho de nossos guias usando o ectoplasma de seus médiuns é como unguentos que curam essas chagas, percebem a importância de se estar adequado e resguardado dentro de uma gira, uma corrente espiritual? o nosso ectoplasma deve estar de acordo, não se esqueçam, espíritos dependem disso.
Num dado momento da história vocês notaram que um outro espírito nefasto se mostrou, era o espírito que escravizava o espírito de Maria Tereza mesmo quando ainda estava viva, um ser das trevas que a muito tempo vampirizava Maria Tereza e que depois do seu desencarne a fez de escrava, esses espíritos tem muita força nefasta, e como disse podem provocar danos terríveis. É contra esses tipos de espíritos que nosso caboclos de oxossi, boiadeiros, oguns, pretos velhos, e todos os guias travam suas batalhas para aprisionarem esses espíritos levando-os a campos onde não consigam mais prejudicar outros espíritos tantos encarnados quanto desencarnados, até que o peso do sofrimento de seus erros os leve a redenção. São esses espaços onde nossos exús e pombogiras senhores e senhoras da lei guardam seus portais.
Muitos estão perguntando um espírito nefasto em forma de criança? não se enganem muitos desses espíritos tomam formas de crianças justamente para ludibriar médiuns, cuidado, certos espíritos tomam a roupagem que querem e os nefastos são exímios nesses artifícios, os famosos espíritos mistificadores.
Ao contrário dos espíritos nefastos, os iluminados se mostram de maneira muito bonita e sutil, trazem consigo perfumes de rosas, jasmins, de flores e essências, o ambiente em que se encontram ficam com uma atmosfera de paz, amor. Vossas presenças quando sintonizadas com um médium em afinidade com o bem é como se massageassem o coração, não tem como mensurar a paz a tranquilidade que se sente. Esses espíritos ao contrário dos nefastos adoram a luz do sol, plantas, animais, flores, o oposto dos nefastos que adoram casas sombrias, sujas, pessoas negativas. Esses espíritos são os responsáveis pela guarda de seus pupilos, lhes impulsionando na senda do amor e caridade. Estão sempre vigilantes mesmo quando seus pupilos se desviam do caminho do bem. Muitos médiuns caem, se desequilibram e mesmo assim estão a acompanhá-los, esperando um momento para que vossas sintonias toquem-lhes novamente.
Um outro detalhe, espíritos fazem de certos ambientes, lar. Os bons não prejudicam ninguém, os maus trazem uma série de problemas para as pessoas que estão residindo, como: doenças, tristezas e depressões, brigas, etc. Por isso sempre deixem suas casas purificadas.
Médiuns não se enganem o mal também tem os seus soldados, orai e vigiai, vossas condutas, observem com rigor como andam lidando com as questões espirituais, principalmente com que tipo de espíritos andam se sintonizando e não se iludam não é você que manda no espírito, não queira fazer do espírito senhor de suas vontades, pode ter certeza no final você foi a marionete, lembrem-se não se tem como mexer no mal sem se sujar as mãos. Não julgue um espírito precipitadamente, os espíritos nefastos são exímios manipuladores e podem se passar por guias de vossa confiança. Observem o teor de vossas mensagens, porque eles por mais enganadores que sejam, não conseguem esconder sua verdadeira essência. Façam sua parte, facilitem o trabalho de vossos guias e mentores, eles precisam de vocês da mesma forma que vocês nessa luta contra as forças do mal.
Um médium é a luz nas trevas, é a lamparina, médiuns, a luz atrai tanto aqueles que necessitam de vossa ajuda, quanto a aqueles que  a ela querem apagar. Estejam preparados.da8e52e3fbb9857876bad936b5f09fa3
Aprendam a enxergar vossas próprias maldades, sois falhos e por serem falhos, erram. Mas quando se admite que o mal pode estar em nós, o reconhecemos, ele deixa de estar escondido, se torna fraco, fácil de vencer. Somos espíritos vivendo uma trajetória terrena, muitas coisas irão aparecer para os desmorecer em sua missão. Lembre-se Jesus também foi atentado por inúmeras vezes, ele orou e vigiou.
Um espirito de luz, um guia e mentor, ele é o grande professor de seu médium, seja humilde, o ouça, ele tem um porque estar contigo, ele é seu mentor, aprenda a ouvi-lo. A grande decadência de um médium é quando ele deixa o ego cegar sua sabedoria.
Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira

Minha História Assombrada: Aconteceu no Terreiro

No terreiro que frequento, não se faz nenhuma prática religiosa que seja contra a caridade e a benevolência. Usamos da caridade para que em contatos com guias e entidades, as pessoas que passem por consultas, tenham um breve conforto nas situações as quais procuram receber orientações. São orientações que podem variar desde um banho de ervas para desiquilíbrios psicológicos e espirituais, como passes, conversas e etc...

Sabemos que nem todas as casa funcionam dessa maneira, existem muitos charlatões que cobram por aquilo que pessoas sérias fazem de forma gratuita, que verdadeiramente praticam a caridade. É muito importante ressaltar isso, porque quando se trata de cultos afro-brasileiros, até mesmo simpatizantes de assuntos "assombrados" podem pautar em suas interpretações um pouco de preconceito.

Da mesma forma que existe charlatões, existem também pessoas que sabem o que estão fazendo e utilizam de seu conhecimento para a pratica de desejos mundanos, comercializando assim vinganças, desavenças e todo o tipo de crueldade.

Certo dia, durante os trabalhos, os quais chamamos de "gira", onde os médiuns, incorporados de seus guias dão consultas e passes, aconteciam de forma normal.

A pessoa responsável pela coordenação de consulentes a adentrar ao recinto, chamava os números de senhas uma a uma, a pessoa era chamada, levantava, tirava os calçados e adentrava ao salão onde os trabalhos ocorriam e então assim seria atendida pelo primeiro médium que estivesse desocupado.

Lembro me bem desse dia, pois minha mediunidade é extremamente consciente, essa história de que as pessoas "apagam" quando incorporam é extremamente rara nos dias de hoje, porém é uma muleta para aqueles que ainda são inseguros e precisam afirmar que são inconsciente para que tenham mais segurança aos olhos de terceiros. As pessoas adentravam uma a uma a medida que iam sendo chamadas, caso fosse a primeira vez dela, ela seria encaminhada ao "guia-chefe" dos trabalhos, os guias do dirigente da casa.

Tudo estava normal até uma senhora entrar e ser encaminhada para o guia-chefe, era a primeira vez dela.

Essa senhora, estava com a barriga extremamente inchada, como a de uma gestante, andava com ajuda de outras pessoas, seus pés também inchados mau entravam no chinelo, a coloração dela era branca com tons esverdeados perto do pescoço, olheiras bem profundas e escuras, um semblante de puro sofrimento.

Assim que essa senhora ficou a frente do guia, era um Caboclo um índio, pediu para que arrumassem uma cadeira para que a mulher se sentasse.

Algumas coisas acontecem durantes os trabalhos, que são explicitas provas de que a espiritualidade é presente mesmo. Como que de forma organizada e como se todos os guias estivem em conexão, sem ser dita uma palavra, todos os caboclos, deixaram de atender os consulente que com eles estavam, orientaram que os mesmos voltassem na próxima semana, já desocupados, todos os caboclos que estavam presentes, posicionaram se numa "meia lua" atras da cadeira onde a senhora aparentemente doente estava sentada. Posicionando suas mãos (as mãos dos médiuns) em direção da cabeça, (atras da nuca), o caboclo chefe, entoava cantigos, e passava ramos de folhas e ervas na senhora.

A cantiga era assim:

"Katendê ÊÊ Katendê"

Katendê, é uma divindade cultuado no candomblé de origem Bantu, representa a força das folhas e das ervas.

Apesar de os trabalhos serem de umbanda, aquele caboclo estava cantando, e rogando a katendê a ajuda necessária para a ocasião.

Prontamente a senhora que alis estava sentada, começa a demonstrar espasmos de ânsia, porém sem nada a vomitar eles pararam conforme as ervas eram passadas em seu corpo. Então o seguinte dialogo acontece entre o Caboclo e ela.

- Fui a diferentes médicos, fiz diversos exames e nada me foi diagnosticado. 
- Não sou adepta a "macumbarias" (foi exatamente esse o termo utilizado), nem acredito em nada disso, mas diante do meu estado, essa é a única opção que me resta, fui em diversas igrejas, já tentei exatamente de tudo. 
- Meus órgãos estão inchados, meus rins não estão funcionando mais, tenho feito hemodialises dias sim e dias não.

Mediunicamente, digo por mim, que registei o ocorrido e incorporado, sentia um cheiro muito forte, um cheiro parecido com aquele que sentimos de jaulas no zoológico.

A senhora, foi relatando tudo o que estava sentindo por meses e o caboclo ouvindo pacientemente, enquanto ainda passava as ervas.

Após ouvir toda aquela lamentação, o caboclo pergunta a ela:

- Peço que a senhora, que nesses próximos minutos, entre em contato com Deus, e da forma mais sincera que se coração conseguir, reveja toda sua vida, preste muita atenção naquilo que no fundo do seu coração mais te incomoda. 

Enquanto a senhora fazia o que lhe havia sido pedido, o caboclo novamente passa folhagens e ervas nos braços e pés.

Passado alguns minutos, um choro compulsivo toma conta dela, ela havia encontrado em seu intimo aquilo que precisava.

E então o caboclo pergunta o por que estava chorando.

A senhora responde que quando ainda era moça, foi pivô de um desentendimento com sua irmã, por motivos banais os quais ela não queria revelar ali. E que desde então sua consciência nunca fora a mesma, por mais que essa sútil lembrança fosse enterrada no lodo do esquecimento do inconsciente, ela ainda ficou de certa forma viva.

O caboclo então perguntou a quanto tempo isso tinha ocorrido, e obteve a resposta que há mais 35 anos.

A entidade de olhos fechados, parecia estar visualizando todo o ocorrido e então começa a dizer.

- Não faz muito tempo, mas antes de adoecer a senhora visitou essa sua irmã ? 

Obtendo resposta positiva.

Então o caboclo pega metade de uma vela, passa pela barriga desta senhora, e diz, quando essa vela acabar o sofrimento da senhora estará terminado.

O mesmo pede para que todas as outras entidades sejam desincorporadas dos outros médiuns, logo após isso, o caboclo deixa a mulher sentada na cadeira com a vela em sua frente fixa ao chão e pede para que todos os médiuns vão para o salão de espera, o qual já se encontrava vazio, como acontece perto do encerramento.

O caboclo então fala, que aquele dia, ele ia precisar muito do discernimento e da fé de todos os presentes, que aquele seria uma das situações mais sérias que poderiam ter visto ali.

Ele explica que aquela senhora, comeu um alimento preparado por sua irmã, um simples bolo em sua ultima visita, esse bolo havia sido feito com o objetivo de prejudica-la, haviam ingredientes para isso e também havia sido "encantado" para isso. Nos termos comuns de terreiro "era um alimento rezado".

O objetivo daquilo tudo era fazer a irmã sofrer, sofre e sofrer com doenças e moléstias, porém que jamais conseguisse o alivio da morte, ela iria sofrer tanto que somente a morte conseguiria aliviar, mas o feitiço também consistia em mante-la viva para que o alivio nunca a alcançasse.

Todos chocados com a gravidade do caso e pela seriedade e teor de tristeza que o caboclo colocará na notícia, ouviram no outro salão aquele barulho de vômito e regurgitação.

A senhora estava vomitando e todos foram acudi-la. O que havia sido expelido dela, era muita água, com um cheiro muito forte. E logo após seus vômitos terminarem ela cai desfalecida.

Todos os médiuns, chamando e tentando reanima-la, sem nenhum sucesso. O caboclo, disse que iria cuidar daquela alma e que o sofrimento dela teria acabado, desincorporando de forma abrupta.

O médium dirigente, estava completamente perplexo, com tudo aquilo que estava acontecendo, voltando do transe, viu uma senhora falecida em sua frente, os médiuns desesperado e o familiar daquela senhora ainda mais desesperado.

Foi chamada a ambulância, onde os para-médicos, haviam confirmado o óbito. A policia civil e também a pericia, foi foram chamadas ao local, tudo foi investigado e também visto pelas câmeras de segurança que ficavam em todos os salões do terreiro. Não houve processos criminais, nem nada por conta do falecimento, ninguém foi indiciado, não sei o que constou como a causa da morte na autópsia no IML, mas só quem presenciou tudo isso sabe realmente como foi e o que foi.

Quando o Caboclo havia dito que quando a vela terminasse o sofrimento dela iria acabar, já sabia o que iria acontecer.

Foi um dia que nunca mais esquecerei.

A história é essa, sei que é um pouco forte. Caso não seja aprovada, terei o prazer de aqui escrever outras. 

História assombrada enviada por R.A. 

quarta-feira, 18 de abril de 2018

AMARRAÇÃO???



Josué jamais pisara em um terreiro de umbanda, mas o seu sofrimento estava sendo sentido de uma maneira tão imensa e perturbadora que o desejo de alcançar um alívio para sua dor tornou-se muito maior do que o temor pelo desconhecido.
E é assim que podemos percebê-lo, em uma noite de sexta-feira, a estacionar o seu automóvel em frente daquele pronto-socorro espiritual de nome: CASA DE UMBANDA NOSSA SENHORA DA LUZ.
Josué entrou no terreiro, fez o seu cadastro, pegou sua ficha de atendimento e sentou-se no banco da assistência aguardando sua vez de ser atendido.
Ele ficava a olhar àquelas entidades com semblantes firmes e charuto na mão a realizarem suas tarefas sem nada entender de todo aquele estalar de dedos; ainda assim, a medida que o tempo foi passando ele começou a sentir um que de familiaridade com tudo aquilo que não sabia explicar.
Uma cambone chamou o seu nome: seria a sua vez de ser assistido.
Ao colocar os seus pés na área espiritual daquele terreiro uma emoção incontida tomou conta de todo o ser de Josué de tal forma que quando ele se sentou na frente da entidade esta só lhe disse:
— Dá cá um abraço nessa véia zifio!!! Faz tempo que Nêga tá te esperando!!!
Josué, sem nada entender, mas sentindo todo o seu intimo em comunhão com aquela entidade, abraçou-a emocionadamente. Lágrimas incontidas e fartas desciam da sua face: era como se estivesse matando saudades de uma amiga de longa data.
A entidade aguardou que ele serenasse as emoções e só então lhe disse:
— Suncê veio aqui fazer amarração não é zifio?
— É sim vovó, seria possível?
— Claro que sim zifio! Nêga precisa mesmo fazer uma demonstração de amarração que faça suncê realmente feliz.
— Obrigado vovó!!! Eu preciso mesmo que a minha ex-noiva seja amarrada a mim por que eu tenho que casar-me com ela de qualquer forma!
— Zifio, este é um tipo de amarração que só traz tristezas e aborrecimentos para suncês.
— Não entendi vovó!
— Suncê quer mesmo entender zifio?
— Sim senhora!
— Então feche os olhos e concentre-se por que já está na hora de suncê ver algumas coisas importantes para o seu crescimento interior.
Ele fechou os olhos e a entidade colocou a destra na região correspondente ao terceiro olho. Depois de alguns instantes, e após remover a destra, a entidade perguntou a Josué:
— E então zifio o que suncê viu?
— Eu vi três seres com olhar duro e energia altamente libidinosa.
— Suncê ainda continua a ver eles?
— Continuo, só não sei onde estão.
— Não se preocupe com isto!!! Apenas continue a observá-los e diz pra Nêga se em instantes suncê não ficará terrivelmente excitado.
— Deus do céu que terrível!!!
— São pensamentos poderosíssimos que evocam sensual e fortemente a lembrança de sua ex-noiva, não é verdade zifio?
— É verdade!!! Mas como é possível? Como a senhora poderia adivinhar?
— Zifio, não se preocupe por que neste instante estes três seres acabaram de ser aprisionados pelos manos Exus.
— Exus?
— Sim, são espíritos que trabalham por Deus nas trevas.
— Mas por que os Exus os aprisionaram?
— Para que deixassem de amarrar a sua vida.
— Amarrar a minha vida?
— É zifio! Ou não é verdade que sua ex-noiva terminou o relacionamento com suncê a três semanas?
— É verdade.
— Também não é verdade que desde quando isto aconteceu suncê não consegue ter mais paz de tanto que pensa nela?
— Deus, é verdade!!!
— Também não é verdade que foi toda esta ausência de paz que fez com que suncê viesse até aqui pedir pra Nêga amarrar esta filha a suncê, a fim de suncê ter paz?
— É verdade! Mas penso que toda esta lembrança que eu tenho dela é derivada do amor que devoto a ela.
— Amor???
— É !
— Hahahahahhahahahahaha!!!
— Por que a senhora ri?
— Isto num é amor zifio!
— O que é então?
— Efeito de um forte feitiço que a sua ex-noiva preparou para suncê há três anos, quando suncês fizeram três meses de namoro.
— Ah é?
— Sim zifio!
— Mas se ela chegou a fazer isto é por que ela tem amor por mim!
— Amor???
— É!
— Hahahahahhahahahahaha!!!
— Por que a senhora continua a sorrir vovó?
— O amor que esta filha tinha era por seu dinheiro, seus bens, seu carro do ano!
— Mas se isto é assim, por que então ela resolveu me deixar?
— Por que a filha arranjou alguém com muito mais dinheiro e bens materiais que suncê!
— Nossa, a senhora está sendo tão dura!
— Não zifio!!! Duro é o coração de suncês neste mundo de terra que vive a querer procurar felicidade na matéria perecível!
— Mas minha ex-noiva não é matéria perecível, é um ser humano e eu a amo!
— Quanto suncê a ama zifio?
— Eu a amo tanto que seria incapaz de viver sem ela.
— Então suncê não a ama, suncê foi viciado a ela!!!
— Como?
— Amar é querer bem ao próximo zifio!!! Amar é não fazer ao próximo aquilo que não gostaríamos que ele nos fizesse!!! Amar é torcer incondicionalmente pela felicidade do outro, mesmo que ele não esteja conosco!!! Suncê está é viciado zifio!!! Suncê tá amarrado e seu chacra genésico absurdamente desequilibrado!
— Vovó, mas eu não consigo ter paz! Não consigo parar de pensar nela!
— Isto por que suncê tá magiado zifio!!!
— Vovó eu gostaria tanto de acreditar nisso que a senhora me fala, pois ai seria muito mais fácil para eu esquecê-la! A senhora poderia me dar alguma prova de que o que me diz é verdade?
— Zifio, Nêga vai lhe dar esta prova não por que suncê quer ou pelo querer de Nêga, mas por determinação da Lei Divina.
— Sim senhora.
— A prova é a seguinte: quando suncês fizeram três meses de namoro seus pais ofereceram um almoço para ela lá na casa de suncês, certo?
— É incrível como a senhora sabe destas coisas!
— No dia posterior a este almoço suncê deu por falta de uma das suas peças intimas, não é verdade?
— Meu Deus, eu me lembro, é verdade!!!
— Nêga precisa dizer mais alguma coisa?
— Não senhora!
— Suncê quer ser desamarrado ou quer continuar sofrendo?
— Mas a senhora disse que iria fazer uma amarração para mim e eu pensei....
— ....Um passo de cada vez, né zifio?
— A senhora tem razão!
— Suncê quer ser desamarrado?
— Sim senhora!
— Então feche os seus olhos!
Minutos depois a entidade disse a Josué:
— Pronto zifio, pela graça de Deus suncê tá desamarrado no amor!
— Puxa, obrigado!
— Como é que suncê tá se sentindo?
— Meu pensamento parece que está mais livre, um peso saiu das minhas costas e parece até mentira mas....
—....suncê num tá nem pensado mais em sua ex-noiva com todo aquele ardor terrível, não é?
— É verdade e isto é incrível por que não tem nem três minutos que a senhora me “desamarrou”.
— Zifio,nas forças de Deus, a cada dia suncê há de se sentir cada vez mais livre.
— Se Deus quiser!
— Zifio?
— Diga vovó!
— É que todo este pesar que suncê estava sentindo foi causado por uma amarração que aquela zifia lhe fez.
— É verdade!
— Suncê viu o quanto que suncê sofreu?
— Vi sim senhora!
— E então, mesmo assim, suncê vai querer fazer uma amarração pra ela?
— Não senhora, pensando melhor, eu quero mais é ser feliz!!!
— Nêga fica feliz por suncê zifio!
— Por que vovó?
— Por que se suncê quisesse fazer uma amarração, Nêga não ia poder!
— Ah é? Por quê?
— Por que este templo religioso em que suncê ta na noite de hoje é uma casa de Umbanda.
— Como?
— Umbanda é religião zifio, então num tem como nóis, que suncês chamam de entidades, fazer o mal a quem quer que seja!!!
— Mas assim que eu me sentei de frente a senhora, você disse que iria fazer uma amarração para mim, não estou entendendo!
— Hahahahahhahahahaha!!!
A entidade amiga sorria a valer enquanto piscava o olho para sua cambone e foi quando Josué perguntou:
— Por que a senhora está sorrindo vovó?
— Por que suncê num entendeu Nêga zifio!
— Entendi sim vovó! A senhora disse que faria uma amarração!
— Não zifio, é que Nêga fala tudo embolado! Nêga disse que faria para suncê uma demonstração de “amar é ação”.
— “Amar é ação”???
— É zifio, quem ama deve agir para demonstrar este amor; senão como a outra pessoa vai saber que é amada?
— Mas como na noite de hoje a senhora demonstrou que “amar é ação”?
— Ora zifio, quando nóis trabalhou com suncê para limpar magia negra, não foi demonstração de como colocar o amor ensinado pelo cristo em ação?
— Sim senhora!
— Quando suncê disse que não gostaria de fazer amarração para sua ex-noiva também não colocou em prática este mesmo amor?
— Meu Deus, é verdade!!!
— Inclusive, quando suncê disse que não queria fazer uma amarração para sua ex-noiva um daqueles três espíritos que estavam aprisionados pelos Exus ficou tão surpreso e emocionado pela força do seu perdão após todo este tempo de sofrimento que o protetor espiritual que assiste a ele encontrou condições de libertá-lo e levá-lo para um local espiritualmente mais elevado.
— Meu Deus que lindo!!! Chego a emocionar-me em saber disto!!!
— Lindo é Deus zifio!!! Linda é a Umbanda!!!
— É realmente tão linda que, se a senhora consentir, eu gostaria imensamente de ser um membro desta religião e deste terreiro.
— Continue a freqüentar esta casa de caridade sentando na assistência e se familiarizando mais com a nossa forma de trabalho para que, em breve, suncê esteja de branco aqui dentro junto com nóis, certo zifio?
— Certo vovó, muito obrigado por tudo!!!
— Agradece a Nêga não zifio, pois ela é só mais uma preta-velha quimbandeira que trabalha para que a luz da Umbanda seja cada vez mais reluzente aos olhos e corações daqueles que se permitirem serem tocados pelos seus Sete Raios de Luz . Agradeça tão somente a Deus Nosso Pai!!!
— Sim senhora!
— Fique na força e na luz de Zambi Nosso Pai!!!
— Sempre com “amar é ação”, não é vovó?
— Sempre zifio!!!
— Então que assim seja!!!



Mensagem de uma Vovó Kimbandeira recebida por Pedro Rangel