segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cigano Carlos Zenon



Descreveu-se como um homem de 34 anos, pele morena clara, cabelos na altura da base do pescoço.
Usando como trajes, uma camisa branca e uma calça marrom avermelhada, com uma faixa na cintura e botas.
Enigmático e envolvente, contou-me um pouco sobre uma de suas encarnações.
Pertencente a uma tribo de ciganos de Malaga, e como bom andaluz, amava a música e a dança, que dominava como poucos.tinha um grave problema: o fraco por mulheres, envolvia-se com as senhoras das mais diversas culturas, e naturalmente isso acarretava desentendimentos com sua família, que já havia acertado, sua futura esposa, uma jovem pertencente a uma tribo de Cadiz.
Mesmo sendo dedicado à cultura de seu povo, havia em Carlos a necessidade de ser livre, inclusive dos costumes, que não questionava, mas não conseguia cumprir fielmente.
Seus envolvimentos amorosos e seus conceitos sobre amar e ser feliz, fizeram com que fosse afastando-se cada vez mais de sua comunidade.
Carlos não interessava-se pelo cotidiano prático, trabalhava como ferreiro e sonhava com poesias. Sua alma refinada e demasiado sonhadora, não encontrava ressonância tão pouco aprovação entre seu povo.
Decidiu então, aceitar seu destino, como esperavam que o fizesse. Abandonou sua intensa vida amorosa e seu ócio contemplativo, para dedicar-se com afinco ao trabalho e as responsabilidades que o esperavam como um futuro chefe de família.
Casou-se, amou sua esposa, da forma que lhe foi possível, mas seu coração o inspirava a seguir, seguir sozinho, seguir sem rumo, sem amarras. Foi então que decidiu abandonar a esposa, família e tribo, em busca não sabia do que.
Partiu levando nada além da roupa do corpo, e as maldições lançadas pela esposa ferida de dor.
Após percorrer cidades e países próximos, consegue partir para o Brasil, na condição de voluntário e ferreiro, livrou-se de ser enviado como degredado.
Trabalhava duro, muito exaustivamente, mas estava feliz, omitia sua origem cigana, pois falava razoavelmente, o espanhol, o português e o italiano.
Carlos era carismático, fez amigos entre párias e privilegiados, os quais encantava com sua alegria, música e dança.
Conheceu, encantou e amou muitas mulheres, até que encontra aquela que julgou ser a razão de toda a sua busca, Eleonora.
Casou-se segundo as tradições católicas da moça, com a qual teve um casal de filhos.
Mas morreu aos 34 anos, devido a uma queda de seu cavalo, em um de seus passeios solitários pelos campos, aonde cantava e orava para aqueles que abandonou o perdoassem e fossem tão felizes como ele era.
Esse É CARLOS, O CIGANO que encantou por completo.