domingo, 25 de janeiro de 2015

Os Bastidores da Umbanda



Firma o ponto minha gente
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem prá trabalhar...
Era dia de "gira de preto velho" naquele terreiro. Enquanto os consulentes chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do conga os médiuns vestidos de branco e de pés descalços concentravam, ligando-se aos seus protetores e guias.
O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas por algumas cadeiras para acomodar os consulentes, poucas banquetas para os médiuns que serviriam de "aparelhos" às entidades espirituais e o congá onde um vaso de flores, outro de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima, uma imagem de Jesus resplandecente de luz.
Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente fluidicamente. Uma varredura energética havia sido feito pelos elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava, fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.
Na porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença do elemento fogo, postava-se o guardião da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao redor da construção, uma guarnição dos caboclos na egrégora de Ogum formavam verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao bom andamento do trabalho da noite. A construção toda estava no interior de grande pirâmide iluminada na cor violeta, com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o excesso de energia telúrica desequilibrasse a polaridade positiva que era captada pelos sete anéis giratórios que ladeavam a pirâmide, representando as Sete Linhas de Umbanda. Cada um desses anéis destacam-se na cor fluídica de seu Orixá e emitiam um harmonioso som diferenciado.
Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as larvas astrais e outras espécies de energias deletérias que ali eram desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.
Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chacra básico dos mesmos, obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, incentivando-os ao trabalho fraterno.
E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos, os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a mostragem de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a Lei permitia ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.
Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:
-Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha ex mulher...
Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:
-Negra velha vai explicar para que o filho entenda: - quando sua casa está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos, o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança. E para a luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos , deixamos a luz entrar mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não houverem os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura manter-se limpo.
Negra velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos à ela, a vida real está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade.
O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço vibratório, ambiente adequado. Sem contar que, o medo é porta aberta e atrativo para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado pelas energias trevosas, uma vez que fragiliza o corpo emocional facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, negra velha pergunta para o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho estaria aqui, sentado no chão, em frente à preta velha, buscando humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a ordem possa reinstalar-se.
As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.
Antes da hora grande as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito enganados... desse lado tem muito trabalho e como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?".
Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.
Preto velho já foi,
Já foi prá Aruanda,
A benção meu Pai
Saravá prá sua banda...
Leni Saviscki / Jornal Sagrado de Umbanda

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Alguém Te Espera na Noite / Psicografado por Gero Maita





Vinte e três horas e alguns minutos, em algum dos muitos "inferninhos" disfarçados com luxo, luzes e uma ilusória alegria na grande metrópole que não dorme, notamos um grupo de seres sombrios arquitetando seu plano para iniciarem seu processo de vampirização.
O suposto chefe, pois mantem postura altiva e senso de diligência da as coordenadas para que o grupo se divida nas táticas programadas para que não se perca nesta noite "nenhuma cabeça" e todos saem para a "caça"
O local começa a ficar lotado de almas ainda na fase juvenil de suas vidas, mentes invigilantes, sonhadoras e muito, muito desatentas com o cenário sombrio que se desenrola ao seu lado. A beleza do local, as pessoas agitadas o som de música alto é o cenário propicio para se instalarem processos dolorosos de obsessões a principio simples que inevitavelmente caminharão para o um quadro de complexidade em um futuro não tão distante. A ausência de luz solar possibilita que seres infelizes, presas do ódio e sedentos de vingança executem suas técnicas de absorção das energias vitais e aprisionamento mental destes filhos ( as) ainda perdidos na ilusão dos sentimentos.
Notamos um grupo que guarda todo o perímetro do quarteirão onde se instala os locais que serão atacados, outro grupo sem nenhum problemas adentra um determinado estabelecimento a em um canto fica a espera das vitimas perfeitas.
Os encarnados começam a chegar levantando a bandeira do liberalismo, da revolta sem causa, do "eu posso tudo, por que sou dono da minha vida" e mal sabem que sua "liberalidade" os conduzem para sua própria queda regada de ilusão e indisciplina.
A música e a bebida são a ponte de ligação para o cenário de dor que começa a se desenrolar o que nos assombra é como o ser humano gosta de eleger sua liberdade somente com atitudes que firam aqueles que pensam de forma oposta as suas, notamos pais e mães lutando para que seus filhos levem uma vida sadia e ao mesmo tempo os preceitos do Cristo, "HONRA TEU PAI E TUA MÃE" é jogado na sarjeta, num misto de intolerância, revolta sem causa e imaturidade precoce. Ma a noite esta somente começando.
Um grupo de jovens é escolhido para o processo de vampirização, sem que percebam a mesa em que estão sentados é envolvida por um cinturão sombiro, que bloqueia por afinidade vibratória qualquer fonte de pensamento de luz convidar ao raciocínio e ao bom senso dos que ali se submetem a esta situação.
Dentro deste cinturão estão agregadas energias, de dor, de sofrimento, de ódio e revolta, de irresponsabilidade, de crueldade colhidas das emanações mentais que infelizmente diariamente são criadas pelo ser humano que pouco recorre a prece, a reflexão e a reforma intima.
Dentro deste cinturão dois espíritos sombrios lembrando muito a feição de bruxas começam a estimular a conversa de baixo nível vibratório, regada de palavrões, reclamações sem fundamento, luxúria e malícia, tudo isso regado a bebidas, cigarros que através dos "canudos humanos que ali se encontram" possibilita-lhes sentir o prazer que a falta do corpo carnal impediu a muito tempo de alimentarem também os seus vícios terrenos.
Outro grupo estimula os músicos e DJ"s que tocam um ritmo de música frenético convidando a danças com excesso de sensualidade reportando-nos as festas sombrias de Sodoma, Gomorra e do império Babilônico. Neste cenário notamos que homens e mulheres tem colados a seus corpos físicos espíritos que dançam na mesma sintonia vibratória e dentro do padrão que lhes competem estimulam os pensamentos destes a crerem que sua dança esta "agitando", criando assim uma ligação em seus chacras coronário e básico de cordões energéticos que sugam facilmente suas energias vitais devido ao estimulo mental que neles é executado.
A noite entra e não se pode perder "gado", um espirito perito em hipnotismo manipula os sentidos de tempo dos presentes no espetáculo sombrio que se desenvolve para que a noção das horas sejam por algum momento esquecidas e o "trabalho" posso se encerrar quando o "ASTRO REI" da sinal de sua chegada e oferece perigo pois consome com seu vento solar as irradiações parasitárias e os seres que as geram, todos devem ficar até o ultimo momento, colocando os limites físicos ao extremo.
É hora de estimular o prazer, andando em meio aos presentes encontramos dois espíritos femininos que mais lembram hermafroditas pois possuem dois sexos totalmente dilacerados criando as afinidades ilusórias. A lei do "ficar" esta aberta, o sexo livre é estimulado, a traição é liberada e notamos que os espíritos citados se abraçam levianamente em seus alvos de ambos os sexos ou de sexos diferentes e começam através do estimulo mental a criarem o desejo, mas não o desejo de vivenciar felicidade, alegria e amor, mas o desejo animal, estimulado pelo sexo desregrado, do beijo sem compromisso, é a luxúria de antes sendo revivida pelos seus afins.
Dois corpos em união possibilitam a vampirização de energias salutares para os processos de criação de objetos de tortura nas regiões umbralinas tais como: Dama de ferro, bastões com espinhos, correntes incandecentes etc...
Alguns irão completar e servir de cobaia para os vibriões e o laboratório para instalação dos mesmos esta disfarçado com a placa levando o nome de MOTEL. É camaradas existe muita coisa na noite que vcs desconhecem.
O ser humano precisa no estágio vibratório que se encontra procurar viver as causa do Cristo primeiramente dentro de si. Reforma intima não é brincadeira é atitude, mudança leva tempo, mas tem que se ter ao menos coragem para ser firme em seus objetivos.
Eleger uma liberdade em meio a este cenário com o título de "balada" sem atentar para os perigos que isso lhe oferece é assinar o atestado de ingenuidade ao extremo, basta ver os crimes, os lares destruídos e as vidas desviadas do propósito maior que o Cordeiro nos propôs a começar na simplicidade de uma manjedoura.
Mas a noite segue e outras virão e "eles" estarão lá esperando por você.
Haverá mudança? Sim desde que ela comece dentro de você mesmo....
A noite termina o ASTRO REI anuncia sua chegada e notamos jovens transformados em farrapos humanos retornando aos seus lares, o resultado? Crises depressivas, brigas em família, senso de "ninguém me entende", dúvidas e medo de fracasso, só que esta fracasso já esta dentro deles mesmos.
O tratamento? Entender a proposta do Cristo " Aquele que desejar me seguir, abandone seu pai e sua mãe, vende os seus bens, peque sua cruz e me segue....."
Na prática! Renegue as paixões mundanas, conheça a si próprio e lembre-se trabalho no bem e na reforma intima é investimento futuro e não presente....
Saudando vossas forças
SETH
*Esta experiência foi vivida através de desdobramento do médium psicografo com um dos guardiões que lhe amparam em uma das noites de São Paulo no ano de 2010
ceuesperanca.blogspot.com

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Andanças de um Preto Velho - Canalizada por Ednay Melo


Certa vez em uma das andanças desse nego véio pelos terreiros que trabalham com a Bandeira de Pai Oxalá, fiquei a observar os movimentos dos filhos de fé antes do início dos trabalhos. Uns se lembravam de problemas não resolvidos com os familiares, outros não esqueciam aquele desaforo ouvido quando caminhavam para o terreiro e por pouco não revidaram a ofensa, outros ainda arquitetavam na mente como se defender de provável comentário malicioso que talvez aquele irmão de fé tenha para com ele. Ainda outros fazem suas obrigações não por amor, mas para mostrar (véio não sabe a quem) que é o melhor, o mais dedicado e o que merece boas recompensas. Outros sorriem forçosamente enquanto o coração destila fel. Em uma pequena roda de irmãos, véio ficou de boca aberta com os comentários: falava-se de todos, menos dos que estavam na roda, é claro. E em outra roda, véio ficou mais perplexo ainda: não se falava diretamente dos irmãos, mas apimentava-se o verbo: "-é alguém daqui... mas, quem???", e todos se entreolhavam, num mistério profundo... Cada irmão que passava o pensamento fluía: "será este, ou aquele???"

E assim, tristemente, véio presenciou a formação de uma névoa escura que envolvia muitos filhos, que não sabiam porquê, na hora da gira, estavam sentindo-se mal, ou porquê não sentia a vibração do seu guia, ou pior, porque está sendo vítima de uma obsessão... Esta última é palavra da moda, muitas vezes usada para disfarçar os próprios "dragões" interiores!

Numa corrida quase mágica, os trabalhadores do astral trabalhavam para amenizar aquela corrente negativa que se formara, isola-se um, esforça-se para vibrar pelo menos próximo do outro, faz-se o socorro aqueles irmãos que foram atraídos pela vibração de desarmonia, compartilha a prece sincera emanada de poucos e, assim, há muito custo a luz se faz!

Afinal, muitos dos que buscam ali consolo e renovação merecem ser protegidos dos irmãos invigilantes, e serem atendidos de forma harmoniosa, de acordo com o merecimento de cada um.

Quero pedir, humildemente, que os filhos de fé nos ajudem a ajudar quem precisa, se a semente plantada da Umbanda ainda não germinou em seu coração, não desanime, faça um pequeno esforço para deixar os problemas lá fora do terreiro, vibre positivo para todos a sua volta, não se preocupe com o reconhecimento de suas atitudes, porque quando sua recompensa chegar, ela nem será percebida como tal. Que o branco vestido com orgulho e dedicação represente a paz do seu coração, para realmente "refletir a Luz Divina" entoada no Sagrado Hino da Umbanda.

E com as bênçãos de Pai Oxalá cresçamos unidos, porque a fé, o amor e a caridade está ao alcance de todos.

Pai Tomé de Angola
Médium: Ednay Melo (TULCA)

Lenda do Caboclo Tupinambá das Sete Matas


No meio de uma caçada na matas, Tupinambá, levou uma pancada na cabeça não se sabe o que foi, ele ficou desacordado por muito tempo.
Estendido no chão os insetos começaram a picar-lhe e isso fez com que levantasse um mau cheiro atraindo mais animais, um desses animais feroz, foi direto atacar o corpo do índio,quando para surpresa do animal,uma serpente pulou em cima desse animal, no meio dessa gritaria entre a cobra e o animal, o índio acordou assustado, e logo pegou sua faca que carregava na cintura, e atacou o animal, matando-o.
Rapidamente ele e a serpente se afastaram um do outro, mas sem tirar o olhar um do outro, então ele começou a caminhar de um lado e ela do outro, ele estava com medo que a cobra desse o bote, e ela com medo dele matar ela, isso dourou horas de caminhada, ate que ele começou a perceber que ela o ajudava a caçar.
Quando ele sentia perigo, por algum motivo, a serpente ia à frente dele, servindo de isca, e quando o animal ia atacar a cobra, ele matava-o. Eles começaram a ficar tão próximos um do outro, que ele carregava ela no braço, como se fosse um bracelete.
Por ter ficado muito tempo desacordado, Tupinambá, se perdeu nas matas, pois os matos cresceram e as marcas deixadas por ele desapareceram, enquanto eles andavam no meio da mata procurando a saída, a serpente o levou até a morada das cobras, e La elas ensinaram o segredo delas, e as magias para salvar, e nisso elas subiram no corpo dele, curando as feridas, causadas pelos insetos, ele passou a conviver com elas, até que um dia ele se surpreendeu com um ataque da cobra coral, isso aconteceram várias vezes, ela tinha ciúmes dele com as outras cobras, isso foi criando rincha entre os dois. Para provocar a coral, o índio a imitava, até nessa brincadeira ela atacou ele, e acabou matando ela, então ele catou o couro dela e colocou na testa dele, simbolizando ele.
Quando as serpente viram, elas aceitaram, mas as outras coral, não e permaneceu a rincha entre eles. Nisso a serpente foi mostrando para ele as sete matas, ele começou a conhecer as matas como a palma da mão, cada mata tinha seus segredos, as pessoas olham as matas e pensam que a mata é uma só por ser muito grande, mas não, ela é dividida em várias partes, até chegar ao centro da mata vigem, e de tanto eles andarem para lá e para cá, que ele começou a se se lembrar do caminho de sua aldeia, a alegria dele era imensa.
Mas para a sua tristeza durante o tempo que ele ficou perdido nas matas, a aldeia dele foi invadida por caçadores, e queimada, matando a mãe dele, antes disso eles usaram e abusaram da mãe dele, e o resto de sua família foi embora dali, com o povo da aldeia, Ele não quis ir atrás deles, preferiu ficar ali, com a sua mais nova amiga, a serpente, já que ela não desgrudava dele. Ali ele montou uma cabana para eles,permanecendo sozinho por pouco tempo,pois assim que as índias viram aquele índio tão bonito,sozinho, quiseram fazer parte daquela mini aldeia,e isso fez com que atraíssem mais índios,formando famílias,Tupinambá se tornou um índio muito triste de poucas palavras,sem perceber aquela mini aldeia se tornou uma grande aldeia, toda as enfermidades que surgiam,eram eles que preparavam os remédios e curavam as pessoas.
O carinho entre o índio e a cobra, fez com que eles conseguissem se comunicar pelo pensamento,e nisso ele sentiu quando ela nomeou ele como Tupinambá das sete matas,pois é o único índio que conhece as sete matas e os segredos dela,muito emocionado ao sentir essa vibração de amor e carinho,ele fez uma reunião entre o povo dele e passar essa homenagem para o seu povo.
Com o passar do tempo, a idade foi chegando e a tristeza aumentado, ele sentiu que iria morrer preferiu não se despedir de ninguém então se isolou na mata, sentando de baixo de uma árvore com a cobra grudada no braço, e ficou ali com seus pensamento e a cobra, a sua morte não demorou muito e chegou só que antes dele falecer a serpente faleceu primeiro.
Depois de muito tempo que estava falecido, ele encontrou seu amigo, que era chefe da aldeia onde ele foi criado com muito amor e carinho, a alegria dele nascia de novo, e passou a trabalhar com ele fazendo a caridades nos templos de umbanda e centros espíritas. Vendo todo trabalho do índio,como ele fazia caridade com amor,com a permissão de oxalá, ele falou ao caboclo:
A partir desse momento você vai ter sua própria linha de trabalho, pode escolher sete espíritos, que você tem a permissão de oxalá, sem palavras ele, falou da vida dele, na terra, sendo que o chefe dele já sabia então ele falou que queria ir atrás do espírito da cobra que tanto o ajudou. E eles foram,ao chegar lá, ele viu uma linda cabocla vindo ao encontro deles, e ele sem entender nada,ela começou a explicar tudo.
A serpente em vida foi uma linda cabocla, mas ainda jovem foi estuprada, e jogada nas matas por caçadores, e com o corpo estendido no chão, todo machucada, as cobras vendo aquele corpo todo ferido, começaram a passar por cima, do corpo dela como os outros animais, e com a magia das cobras elas curaram as feridas e do corpo dela e da alma, só que ela não aguentou e acabou falecendo, mas o espírito dela preferiu ficar ali com as cobras, pois durante o dia ela dançava e cantava para atrair os homens, e levando eles, no meio da mata para ficarem perdidos e serem comidos pelos animais, no mesmo jeito que ela foi isso ela fazia por vingança.
Depois ela voltava a ser cobra, Só que ela conheceu o índio, ele ensinou a ela a amizade, o carinho e respeito, a fazendo ela esquecer a vingança, que ela trazia no coração dela, e quando ela faleceu sem eles saberem, ela foi despertada do sofrimento, fazendo com que o espírito dela fosse por um caminho de luz.
Ele explicou a intenção dele, de fazer a caridade nos templos de umbanda, e ela aceitou. Não são todas as pessoas que trabalha com o caboclo que traz ela junto,a pessoa é escolhida por oxalá .Ela é uma cabocla de descarrego,e ele é um caboclo de trabalho,quando ela vem na umbanda,ela solta o brado dela ,ou seja o som de uma serpente demonstrando o amor que ela sente por ele.
E ele o piado da cobra coral demonstrando o desafio que ele teve com a cobra coral por causa da serpente, que hoje traz o nome de Cabocla Currupira.
Psicografia Caboclo tupinambá / Médium:Telma Rosana

domingo, 4 de janeiro de 2015

sobre a vida de uma certa Rosa Caveira.

ela ganhou esse nome qdo desencarnou de forma violenta e passou anos no Umbral tentando se vingar do causador de sua morte e sofrimento.

Como o ódio era tanto ela conservava a imagem de cadáver definhando, sendo consumida por bichos. Já mostrando o esqueleto.

O ódio dela nunca passava. Vagava dias e dias atrás do seu assassino.

Somente qdo o homem que a estuprou e matou desencarnou ela pode se vingar. O desejo de vingança era enorme. Sentia sede de sangue, não pensava em mais nafs.

Mas qdo foi tentar se vingar percebeu que no Umbral não conseguiria. Que ela como ele já eram desencarnados. Já estavam pagando por seus atos.

E se arrependeu de passar tanto tempo nesse odio, sem buscar sua luz.

Apelou e clamou por misericórdia.
Quando Tata caveira veio em seu socorro. Permitido pelas mais altas leis espirituais ele a perdoou. E mostrou-lhe que o maior perdão vem de dentro de si mesmo.

Tata então a acolheu,
E devolveu-lhe metade de sua beleza a fim de que ela sempre lembrasse que o ódio e vingança não a levariam a lugar nenhum.

Hj ela trabalha pro bem. Atua nas falanges espirituais e vem em socorro de seus "filhos".

Quase todas Rosa Caveira são muito caladas e observadoras. São de pouca conversa. Simpáticas qdo devem ser e firmes, e até rispidas qdo necessário.